Vida eterna que é a própria vida de Deus.

E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:14-15). Estes versículos fazem parte da narrativa de João sobre o nascer de novo.

Em outros estudos nós já estudamos sobre o que é o nascer de novo, aqui estudaremos um pouco sobre a vida eterna.

Focaremos a nossa atenção em duas palavras, a primeira é, hupsoo (υψοω), há algo maravilhosamente sugestivo nisto. O verbo levantar-se ou elevar é hupsoun. O interessante desta palavra é que ela tem dois sentidos, e estes dois sentidos é usado a respeito de Jesus. É usado quando se fala de que Ele foi elevado à cruz. E é usado quando se diz que no momento de sua ascensão ao céu Ele foi elevado à glória.

Como podemos ver em (João 8:28; Atos 5:31; Filipenses 2:9). Ou seja, houve uma dupla elevação na vida de Jesus: a elevação à cruz, e a elevação à glória. Para Jesus, a cruz era o caminho à glória; se tivesse rechaçado a cruz, se a tivesse evitado, como bem poderia tê-lo feito, não teria recebido nenhuma glória.

O mesmo acontece conosco. Se quisermos, podemos escolher o caminho fácil; se quisermos, podemos rechaçar a cruz que todo cristão deve carregar; mas se o fazemos, perdemos a glória. É uma das leis inalteráveis da vida que se não há cruz, não há coroa. Ou seja, perderemos a vida eterna.

E aqui chegamos a segunda palavra, aionios (αιωνιος), numa tradução rasa significa eterno sem começo ou fim. Mas a eternidade aqui mencionada vai além de existir para sempre, a eternidade aqui mencionada, é a própria vida de Deus.

É a eternidade que começa aqui e agora, porque ela nos dá a segurança de que a maior das alegrias da Terra não é mais que um adiantamento da alegria que virá; a paz mais profunda que existe sobre a Terra não é mais que uma sombra da paz que virá.

É a viva esperança, duma meta, um fim, para o qual se dirige para o amor que a vida rege. É o aprender e apreender de um glorioso assombro da vida que trabalha para a vida na Terra e, ao mesmo tempo, somente uma sombra da vida ainda está por chegar. Eis a eternidade que vai além de viver para sempre, pois é a vida na eternidade do amor que é Deus.

Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).