O chamado amoroso que nos atrai para Cristo.
Então, disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus. (João 6:67-69). Estes versículos fazem parte da finalização do presente capítulo.
Aqui vemos transparecer algumas coisas que todos os Cristão devem ter em mente no caminhar em Cristo.
A primeira é, que a maioria de nós corremos ou abandonamos o caminhar em Cristo, quando as coisas apertam, ou não nos supre a necessidades emocionais. Eis aqui a beleza de Cristo, Ele jamais nos apresentou uma vida fácil para segui-lo, Ele sempre anunciou uma vida de trabalho e mudança interior.
E nesta caminhada Jesus sempre estará conosco para nos socorrer e nos capacitar a vencermos os obstáculos que a vida nos apresentar. E podemos ver isso na vida de Pedro e de Judas Iscariotes, Pedro errou quando negou a Jesus, mas ele soube pedir perdão; Iscariotes errou ao trair Jesus, mas seu maior erro foi em não saber pedir perdão.
Judas fugiu do olhar de Cristo e mergulhou em sua própria escuridão. Muitos de hoje fazem o mesmo, pois em sua pseudo autossuficiência se perdem na morte egoísta rejeitando a vida que nos é ofertada. Ou seja, preferimos a falsa alegria que o ego egoísta nos oferece, e desprezamos o amor, porque ele nos pede doação.
Pedro via em Jesus a força para vencer os obstáculos da vida, e aqui vemos a versão da sua confissão de fé apresentada por João. Esta é a versão que João nos dá da grande confissão de Pedro que nos outros Evangelhos aparece na Cesaréia de Filipe, (Marcos 8:27; Mateus 16:13; Lucas 9:18). Uma situação como esta evocou a lealdade no coração de Pedro.
O certo é que para Pedro, o fato é que não havia nenhum outro a quem acudir. Para ele o único que tinha as palavras de vida era Jesus. A lealdade de Pedro adivinha de um caro relacionamento com Jesus.
E aqui entendemos que o ser Cristão, não é uma filosofia que aceitamos; não é uma teoria a qual nos aderimos; não é uma elaboração do pensamento; não é algo que se alcança somente pelo intelecto, ou para satisfazer as emoções. É uma resposta que nos engloba por inteiro, corpo (soma), alma (psique), e espírito (pneuma), ou seja, o ser por inteiro.
É a viva resposta do coração ao chamado amoroso de Cristo Jesus. É uma lealdade e um amor que um ser humano entrega porque seu coração não lhe permite agir de outro modo. Eis o real ser Cristão.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).