De onde provém o mal que assola a humanidade e o mundo? (Estudos das palavras gregas do original).
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. (Mat 15:19). Este versículo faz parte da passagem onde Jesus desmitifica o ato de higiene.
Em outro estudo estudamos de forma rasa o real objetivo dos mandamentos de higiene e de onde provém o mal que assola a humanidade, aqui estudaremos as palavras gregas do original.
Jesus sempre nos ensinou que o importante é o que levamos no recôndito mais secreto de nosso coração. Pois pouco serve sermos assíduos frequentadores de uma igreja ou associação religiosa se isto não promover uma transformação interior, aos molde de Cristo.
E Ele descreve alguns dos males que carregamos em nosso interior.
O primeiro é, poneros (πονηρος), esta palavra aqui está relacionada ao pensamento que trama o mal para o próximo, alimentando as emoções como inveja, ódio e traição.
A segunda é, phonos (φονος), que significa assassinato, massacre. O interessante é que esta palavra está ligada a poneros, pois quando damos vasão a poneros logo cometemos assassinato, pois o desamor começa habitar em nós.
E seguindo temos a palavra, moicheia (μοιχεα), que significa adultério, mas um tipo de adultério que vai além do conjugal. Aqui o adultério está ligado a traição de nossa própria alma. E então vemos que poneros dá início ao mal pensar e agir, e em seguida matamos a nossa alma, ou seja, adulteramos o real sentido de nossa criação.
E então vemos o desdobramento de poneros que é, porneia (πορνεια), aqui já não respeitamos o nosso próprio corpo físico, pois nos entregamos a prostituição e a depravação sexual, e a alma neste vazio se entrega a idolatria.
E nesta depravação moral e espiritual, já não respeitamos o que alheio e então vem, klope (κλοπη), o roubo, pois a maldade já faz parte de nós.
E se deixamos seguir logo virá, pseudomarturia (ψυεδομαρτυρια), o falso testemunho, a capacidade de mentir para o benefício próprio.
E já não somos a semelhança do Pai, pois a blasphemia (βλασφημια), começa a fazer parte do nosso dia a dia, onde falamos mal do próximo e de Deus. Pois a nossa alma já não almeja o religare. E vê no mundo a maldade que trazemos em nosso interior.
E pasme isso pode acontecer com pessoas que são assíduas em suas instituições religiosa. Pois se ocupam com a parte externa de seus ritos e rituais, esquecendo-se de se auto-observar e de orar para que a viva mudança aconteça em seu interior.
E lembremos que no dia do juízo será o nosso coração o alvo do juízo. Que cada um avalie a si mesmo e siga. Que o amor de cristo jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).