O Sacro ofício do amor transformador.
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Rom 12:1). Este versículo faz parte do início do capítulo doze da carta aos Romanos.
E ao lermos vemos se destacar três palavras que deveria suscitar dúvida investigativa naquele que o ler.
A primeira é; sacrifício, no grego a palavra thusia (θυσια), que significa simplesmente sacrifício. Mas quando investigamos a origem da palavra sacrifício no latim vemos sacrificium, que vem da união de duas palavra (sacro), santo e (oficium) ofício. E como sabemos que sacrifício no raso da palavra não tem lugar no ser cristão.
Então sacrifício para o Cristão significa oferecer o nosso corpo como morada do Espírito Santo, onde os membros o e os dons de nosso corpo trabalham para promover o bem-estar do próximo. Onde a nossa mente e o pensar e os órgãos de nosso corpo trabalha para o amor de Deus e ao próximo.
A segunda é santo, a palavra usada é hagian do grego que significa literalmente piedoso, e esta palavra tem sua raiz em hagios (αγιος). Quando estudamos a palavra santo tendo como pano de fundo a época que foi dita, santo significa separado dê, e como base temos no templo o Santos dos Santos, que estava separado dê.
Ou seja, o Cristão é um ser que vive no mundo e ajuda o mundo, mas age e pensa diferente dê. Mas lembremos que não somos melhores quê, mas diferente dê. Pois o mundo vive na maioria das vezes de explorar o próximo, o Cristão vive de servir. O mundo não ama, ele até se apaixona, mas não ama, o Cristão tem como base para tudo o amor (Ágape).
A terceira palavra é, logikos (λογικος), esta palavra nutre a relação entre o corpo físico (Soma), no que diz respeito ao discurso a fala e de entender o que é logico, ou seja, o que coaduna ou não com o ser Cristão. Mas também tem relação do agir entre alma (Psique), e o nosso espírito (Pneuma).
E aqui começamos entender o que Paulo ensina aqui, pois quando trabalhamos com o ego egoísta num sentindo de transformá-lo para que o fruto do Espírito floresça em nosso interior, desanuviamos a nossa alma tornando-a livre do mal que está no mundo comum, e o florescer do fruto do Espírito nos liga ao nosso próprio espírito.
Reestabelecendo em nós a imagem semelhança com o Pai, imagem e semelhança que perdemos com o ato da desobediência, e trazendo vida e vida plena em nossas vidas e nas vidas que nos cercam. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).