Nos autoconhecendo conheceremos os mistérios do amor do Pai.

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! (Rom 11:33). Paulo aqui está findando um trecho de sua carta aos Romanos.

Aqui cabe lembrar que a carta de Paulo não era dividida em versículos e capítulos, isto ocorreu entre o século XII e o século XV.

Mas o belo desta passagem é que aqui Paulo dá lugar a poesia deixando um pouco de lado a teologia. Ele abre a sua mente em adoração ao Pai. Paulo enquanto judeu que era e formado na lei por Gamaliel, sabe que o Pai tem um compromisso com o povo escolhido, e no momento certo Ele cumprirá a sua promessa para com eles.

E em seu coração ele já não luta para decifrar o agir do Pai para com os israelitas, e para com a igreja. Ou seja, os escolhidos e os da graça. Hoje em dia com o avanço da ciência muitos de nós se perdem na própria sombra, pois da luz de toda a criação nós só conhecemos o brilho de um vagalume. Muitos se dizem ateu, mas nem sabe o que é ser ateu.

Outros se perdem numa dualidade de bem e mal, ou seja, criatura se perdendo na criação. Outros escrevem livros julgando o Pai, quando na realidade não sabem julgar a si mesmo, pois não se autoconhece. Ou seja, hoje há muito conhecimento e pouquíssima sabedoria.

Paulo segue fazendo uso de parte do discurso que o Espírito de Deus fez através de Eliu no livro de Jó, (Jó 32-41). Quando ele diz: Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? (Rom 11:34-35). Ele o faz para que entendamos que o Pai criou tudo e nos deu para usufruir.

Lembremos que tudo que há no universo foi criado pelo Pai: Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. (Isa 45:7). Mas nós nos perdemos em nosso próprio eu, e perdidos em nós mesmo tentamos julgar os feitos do Pai.

Paulo ao entender isso ele se rende em adoração, mas uma adoração que vai além dos ritos e rituais, uma adoração advinda da sabedoria onde a teologia da lugar a poesia: Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rom 11:36).

Cabe a cada um de nós nos auto-observar para nos autoconhecermos e conhecermos o Pai. Que o Amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

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Molivars
Enviado por Molivars em 22/11/2022
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