O dever do Cristão de participar dos governos promovendo a Paz e o Amor.

Por causa do Senhor, submetei-vos a toda autoridade constituída entre os povos; seja ao rei, como principal monarca, seja aos governantes, como por ele enviados, para punir os praticantes do mal e honrar os que fazem o bem. (1Pe 2:13-14). Estes versículos fazem parte de uma orientação que Pedro faz aos da época sobre como deve ser o agir cristão enquanto cidadão ante as autoridades de governo.

É claro que hoje vivemos tempos diferente daquele, na época neotestamentária o Estado era autoritário. O governante tinha poder absoluto, e o dever do cidadão era prestar absoluta obediência ao Estado e pagar os impostos estabelecidos (Romanos 13:6-7- Mateus 22:21). Sob estas condições a nota dominante era a sujeição ao Estado.

Mas nós vivemos num Estado democrático, e dentro deste sistema é necessário muito mais que uma indisputável sujeição e submissão. Na democracia o governo é não só do povo, senão para o povo e pelo povo. Aqui a submissão dá lugar para a participação que leva sempre em mente: O respeito, o cuidado e jamais promover o mal-estar ao próximo.

Na democracia a responsabilidade de um Cristão se faz maior, pois nós devemos promover o bem-estar das vidas que nos rodeia. Pois cada Cristão tem como dever de ser o agente do amor (ágape). Tendo o bem-estar dos demais acima do próprio, preferindo dar a receber, e servir a ser servido". Devemos ser mais que submissos devemos viver em ação em prol dum servir em amor e verdade.

Ou seja, num Estado democrático a nota dominante não deve ser a sujeição, mas sim a colaboração porque ali o dever do cidadão é não somente submeter-se ao governo, mas sim tomar a sua necessária participação no governo.

Aqui o cristão para cumprir seu dever para com o Estado, terá que tomar parte no governo, terá que participar da administração local da cidade ou do distrito onde vive; terá que cumprir sua parte na vida e nas tarefas administrativas das organizações sindicais ou sociedades vinculadas a seu trabalho, profissão ou comércio. Sempre primando o bem-estar alheio sem distinção de clero ou classe social, (Ler: Mat 5:45).

É triste ver que em tempos modernos sejam tão poucos os cristãos que tomem realmente uma parte ativa dentro do Estado e da sociedade na qual vivem. Pois ao contrário do que muitos afirmam, a igreja está para o promover o bem-estar em todas as vidas, e em qualquer setor delas.

E lembremos que é nosso dever não somente estar em paz, mas naquilo que pudermos promover a Paz, com todos. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).