Corpo, alma e espírito a serviço do religare do amor.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. (1Co 6:12). Este versículo faz parte de uma admoestação que Paulo faz aos da época.

Para entendermos o pano de fundo desta admoestação, precisamos conhecer um pouco o contexto histórico da época.

De um lado tinha pessoas que sempre desprezaram seus corpos. Havia um provérbio que dizia: "O corpo é uma tumba". Epicteto dizia "Sou uma pobre alma encadeada a uma tuba." O que importava era a alma, o espírito do homem; o corpo não interessava. Isto dava como resultado duas atitudes.

Primeira num duro ascetismo, que despreza o corpo e o tratava como algo a ser descartado. E isso os levava a desprezar a vida e subjugavam o seu corpo e instintos em detrimento a vida que nos foi dada por Deus.

O segundo tipo de pessoas ou atitude que prevalecia em Corinto, visto que o corpo não importava, podia-se fazer o que se quisesse com ele; podia-se deixá-lo saciar e satisfazer os seus apetites. Não interessando absolutamente, se o que fizesse afetaria ou não a sua alma, pois pensavam que o corpo humano devido a sua insignificância era inútil.

E aqui cabe entender que no mundo sempre houve uma certa degeneração no pensar humano, quando não estudamos o que Deus nos ensina com a sua escritura. Quando estudamos a Bíblia vemos que o ser humano é um ser completo na criação do Pai. A saber corpo (Soma), alma (Psique), e espírito (Pneuma). Ou seja, o nosso organismo é composto dos três acima, que se misturam e se fortalecem nos três.

E, é isso que Paulo trabalha aqui, que jamais devemos desprezar o corpo, em favorecimento da alma e nem alma em favorecimento do corpo nem tão pouco o espírito e detrimento dos outros. O grande segredo é o vivo equilíbrio dos três no ser, que nos torna completo.

E aqui começamos a entender o porquê do livre arbítrio, o Pai nos deu um livre arbítrio para pôr escolha possamos buscar que seu amor flua por inteiro em nós, fazendo assim o vivo religare onde voltaremos a ter a viva imagem e semelhança com o Pai.

E mais belo de tudo é que temos um guia vivo que são as suas escrituras, pois os mandamentos e ensinamentos do Pai não são para nos infringir medo, mas sim para nos ensinar o que a fé em seu amor pode nos propiciar aqui e num mundo vindouro.

Cabe a nós estudar para entender o que é: Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. (Oséias 6:6). Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).