A seara do senhor
A SEARA DO SENHOR.
É muito comum na comunidade espírita ouvirmos o termo “seara do mestre ou seara do senhor”, em meio de livros e palestras, mas o que será que isso significa para nós?
De início podemos dizer com auxílio de qualquer dicionário que seara nada mais é do que o campo onde era cultivada a terra para que posteriormente fosse feito a colheita.
É de conhecimento geral que Mestre Jesus falava ao povo usando figuras de linguagem á fim de que ficasse fácil o entendimento de determinadas lições, vemos isso em diversas passagens no novo testamente e é em Matheus que vemos ele falando sobre a Seara:
“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara.” Mateus 9:35-37.
Jesus se compadecia do povo que se encontrava em sofrimento e abandono e exorta aos seus discípulos para que rogassem ao Senhor da seara para que este enviasse trabalhadores, de uma forma muito simples ele nos mostra que as pessoas são de fato a seara do senhor, são as pessoas e os povos o campo que precisa ser trabalhado, cuidado e cultivado para que um dia se tenha uma boa colheita, a intenção do mestre exprime um sentimento de compadecimento, de compaixão e de amor pelo seu povo que é carente de cuidados até hoje. Não basta apenas oferecer um prato de comida e roupas limpas pois a caridade se estende além desses valores materiais, as pessoas, ou a seara, também precisam de atenção, de uma troca de palavras que lhe traga conforto.
Recai sobre nós, os trabalhadores, o intento da preocupação do mestre, pois segundo ele a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos, são poucas as pessoas que se dedicam de alguma forma á ajudar o próximo, a sua comunidade, a fim de que se sacie tanto a fome de comida quanto de contato. Damos grandes desculpas: trabalhamos muito, não temos tempo e nem condições, mas como já defendi antes, não se trata do material apenas, se trata de gestos mínimos que, para quem precisa, são grandiosos.
Entendamos essa responsabilidade, como trabalhadores a seara não pode ser cuidada de qualquer jeito, não se pode simplesmente jogar uma semente acreditando que a sorte vai fazê-la crescer. Além disso é preciso ser claro que não devemos fazer por nós, para nos engrandecer nos achando demasiadamente “caridosos”, pois todo ato de bondade, segundo nosso mestre, é um ato ao próprio deus:
“Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram...
"O Rei responderá: 'Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram'. Mateus 25:35-40
Para finalizar, esperamos que o trabalhador se coloque a serviço do senhor, pois há muito campo onde trabalhar e há muita terra onde se pode semear.