Multiplicação dos alimentos. (parte 1, o desafio).
Então Ele orientou o povo a reclinar-se sobre o chão. E, após tomar os sete pães e dar graças, partiu-os e os entregou aos seus discípulos, para que estes servissem à multidão; e assim foi repartido entre todas as pessoas. (Mar 8:6). Este versículo faz parte da passagem onde Jesus multiplica os alimentos.
Nesta passagem vemos saltar dois aspectos em vivo atributos.
Aqui estudaremos o desafio da compaixão, Jesus é um mestre que nos desafia todos os dias. E a resposta que dermos ao desafio nos mostrará o quanto a nossa fé se faz genuína ante aos seus ensinamentos.
Ele diz: “Tenho compaixão desta multidão; já se passaram três dias que estão comigo e não têm o que comer. Se Eu os enviar de volta às suas casas, em jejum, vão desfalecer pelo caminho, pois alguns deles vieram de longe”. (Mar 8:2-3). Quando estudamos o Evangelho se faz comum vermos Jesus movido pela compaixão para com as pessoas. O mais belo a respeito de Jesus é sua consideração, um tipo de consideração que é uma virtude que nunca descuida dos detalhes da vida.
Jesus olhou à multidão; tinham estado com ele três dias; e agora recordou que estavam longe de seus lares. Uma pessoa comum se ateria ao pensar de uma mente de quem veio mostrar aos seres humanos o esplendor da majestade da verdade e o amor de Deus, estaria acima da preocupação pelo que ia acontecer a sua congregação em sua viagem de volta a seus lares.
Mas com Jesus não é assim. Confrontado com uma alma perdida ou um corpo doente, seu primeiro instinto era ajudar. Aqui se faz bem lembrar que muitos de nós esquecemos que a misericórdia e a compaixão é pra ser uma virtude humana. É comum agirmos com uma desculpa baseada em meia verdade, como fizeram os discípulos. Entretanto, os discípulos alegaram: “Onde, neste lugar desabitado, seria possível alguém conseguir pão suficiente para alimentar a todos?” (Mar 8:4).
O que os discípulos disseram acima não estava errado, mas também é certo que o nosso instinto de se isentar a carregar um pouco do fardo alheio sempre nos mostrará a dificuldade em fazê-lo. Muitos de nós prefere orar, não que orar seja errado, mas quando oramos para pôr na conta de Deus aquilo que podemos e devemos fazer erramos.
Isso nos remete a parábola do bom samaritano, que não se escondeu atras do medo de não poder fazer parte dum rito, como o Levita e o sacerdote. O verdadeiro Cristão sempre primará pelo bem-estar das vidas que o rodeia. Aquele que prima pelo rito em detrimento a vida alheia, não é cristão, até pode ser crente, mas cristão não.
O que aprendemos aqui? Aprendemos que na vida sempre aparecerá momentos que a necessidade de outrem gritará por nossa ajuda, e cabe a nós socorrermos. Mas um socorro vivo com ações, atitudes e orações. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).