Divagações espirituais.

Acredito que todos nós já tenhamos ouvido falar de espíritos e fantasmas seja por intermédio de um conhecido, um amigo ou até mesmo familiar, é muito comum saber de uma história ou uma experiência paranormal de terceiros e acabemos falando do assunto numa roda de amigos ou em reuniões familiares, então basta uma fagulha para acender fogaréu, logo mais pessoas colaboram com suas próprias histórias e isso nos causa muito estranhamento, muita, mas muita curiosidade e um tiquinho de medo.

Ainda há aqueles, como eu, que são fascinados pelo assunto e buscam histórias assim aos montes, vídeos, livros, fotos, a pessoa simplesmente devora qualquer coisa que tenha um teor sobrenatural.

Haverá aqueles que vão procurar uma lógica para tal assunto, um vulto vira um borrão mal interpretado, a porta que se abre é apenas um vento atrevido e rostos que nos observam é uma forma do cérebro dar sentido á tudo. Mas sejamos francos: nós sabemos que isso não o "todo".

No século XIX um furor começa na França, o fenômeno chamado "mesas girantes" começa a pipocar por toda a capital despertando a curiosidade dos mais céticos e causando vislumbre de um mundo até então nunca explorado abertamente. Desde então ficou cada vez mais frequente as chamadas manifestações espirituais em todos os pontos do globo, mas não nos enganemos, batidas nas paredes, moveis se movendo por forças invisíveis entre outros já ocorriam muito antes.

Kardec trouxe a luz aquilo que estava oculto nas sombras e com suas obras nos mostrou uma nova ótica a cerca das manifestações, tudo o que seus livros e estudos quiseram dizer é que o paranormal é mais normal do que supomos. A origem e os fatores dessas manifestações são tão naturais quanto nós e que na verdade a vida e a morte estão intimamente ligadas pois segundo a doutrina iniciada por Kardec a morte é só uma outra jornada dentro do que chamamos de vida.

Sobre a vida após a morte devo dizer que á principio ela parece fantasiosa demais para fazer sentido, mas permita-me ajudar a entender a lógica que pelo menos á mim me trouxe muito bem estar.

Se excluirmos totalmente a reencarnação e a vida após a morte o que resta a nós é o corpo e a mente, tendo isso como podemos explicar os mecanismos da nossa psique? De que forma nossa mente é constituída, e quando? Como se explicar o fato de que dois irmãos criados na mesma família possuem aptidões e capacidades diferentes? Tudo seria obra do mero acaso?

Aceitando que fosse acaso isso exprimiria o fato de que deus é indiferente a todos nós, como podemos então atribuir justiça a um deus que permite que alguns nasçam em berço de ouro enquanto outros mal podem proteger seus corpos do frio.

Desta forma, o espiritismo de Kardec, nos afirma que a reencarnação e a pluralidade das existências responde todas a estas questões e varias outras, além disso também nos faz entender um sistema de justiça que não se baseia em castigo para uns , benção para outros de forma totalmente arbitrária, ao contrário, ele atribui toda a sua realidade, seja ela feliz ou triste, ao seu próprio protagonismo. Em outras palavras: você vive o fruto de suas ações, se ages com maldade, inveja e egoismo colherá os frutos destas ações e o mesmo se aplica no inverso.

Ademais, quero fazer outras reflexões que são de um todo particular, mas que vou compartilhar com você leitor:

O que faz mais sentido e o que te traz mais sensação de conforto? Se esforçar para ser uma pessoa boa e no final da vida ficar dormindo esperando o juízo final ou colher as benesses do seu trabalho nesta e nas outras vidas?

Saber que se você tem uma unica vida para realizar tudo o que puder ou saber que em cada vida você tem uma nova oportunidade?

Entendam que estes questionamentos nos são estimulados, como já havia dito, o intuito é ter uma fé racional e lógica firmada com experimentação.

Dungeon Master
Enviado por Dungeon Master em 26/07/2022
Reeditado em 26/07/2022
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