Ministro de Cristo, o que isso significa?
Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. (1 Coríntios 4:1).
A utilidade para o Reino de Cristo é definida por uma qualidade muito preciosa, serviço.
As palavras “servos” e “serviço” são usadas com muita frequência no Novo Testamento, cerca de 1.000 vezes.
Estima-se que no tempo de Paulo havia em torno de 60 milhões de escravos em todo o Império Romano.
Os escravos e a escravidão eram temas bem conhecidos no primeiro século. Eles sabiam o que Paulo queria dizer quando declarou que ele e seus companheiros queriam ser considerados “Ministros de Cristo”.
A palavra “Ministros”, no idioma original, era huperetes, que literalmente significa “remador inferior”. O termo comunicava uma visão de humildade e absoluta servidão.
“Remadores inferiores” dificilmente significa alguma coisa para nós, mas era um termo repulsivo para os Coríntios do primeiro século.
Na época de Paulo, Corinto era a mais rica e mais proeminente de todas as cidades gregas. As grandes embarcações eram comuns em Corinto.
Os barcos mais numerosos eram as galés de escravos, cada uma tinha três níveis de assentos, um acima do outro.
Os escravos que sentavam presos aos remos nas partes mais baixas eram chamados de “remadores inferiores”.
A vida dos remadores inferiores na parte mais baixa do navio era dura. Muitos morriam em serviço, as correntes sobre seus tornozelos eram lembretes amargos de sua escravidão.
Havia cinco aspectos de sua obra com os quais Paulo e seus companheiros poderiam se identificar ao se chamarem de “Ministros de Cristo” ou “Remadores inferiores”.
1. Eles tinham que remar no ritmo do capitão.
Para manter cerca de 150 remos juntos, o capitão batia um tempo rítmico em um tambor e cada escravo tinha que remar com aquela batida.
2. Eles tinham que remar em conjunto.
Freqüentemente, dois ou três remadores moviam cerca de 9 metros de remo. Eles rapidamente aprendiam que não podiam se apoiar no remo, um empurrava e outro puxava, eles tinham que trabalhar como um time.
3. Eles tinham que confiar no capitão.
Nas profundidades escuras do barco, os escravos não tinham nenhuma idéia de onde estavam, para onde estavam indo ou quando eles chegariam.
4. Eles estavam comprometidos por toda a vida.
Em um local totalmente insalubre, bancos unidos, falta de sol, de ar fresco e as correntes nas pernas, significava repetidas doenças durante o serviço. E se o navio afundasse os remadores não tinham como escapar.
5. Eles não recebiam qualquer honra, apenas o capitão estava visível ao mundo externo.
Embora houvesse dúzias de homens que davam as suas vidas para manter o navio navegando, eles nunca eram vistos. Eles eram invisíveis ao mundo.
Então, qual era o objetivo de Paulo em sua vida? Ser o servo, o remador inferior de Cristo.
Qual deve ser o nosso objetivo como ministros? O mesmo. Sermos “remadores inferiores” por nosso Capitão Jesus Cristo!