MEDIUNISMO, ANIMISMO E DONS ESPIRITUAIS
A mediunidade é uma faculdade natural do ser humano, todos nós temos algum grau de mediunidade, desde a simples inspiração ou intuição até as faculdades mais ostensivas como a psicofonia (incorporação) e a psicografia.
Não podemos esquecer também das faculdades anímicas, isto é, das capacidades psíquicas da própria pessoa ou mais propriamente da alma ou espírito encarnado, que pode obter certos fenômenos sem o auxílio dos espíritos. Todavia, as ocorrências puramente anímicas são difíceis de identificar, pois na grande maioria das vezes os espíritos se utilizam o animismo para amplificar as manifestações mediúnicas ou também chamadas medianímicas.
Sendo assim, os fenômenos mediúnicos e anímicos ocorrem em todos os meios religiosos inclusive no cristianismo, onde são denominados de dons espirituais.
Dessa forma, todas as manifestações espirituais descritas na bíblia e em outros livros religiosos são manifestações puramente mediúnicas em sua maioria, como o que ocorreu com os apóstolos no dia de Pentecostes (Atos cap. 2).
Naquele momento, os Espíritos do Senhor liderados pelo Espírito da Verdade se manifestaram por meio de um fenômeno denominado de Xenoglossia. Naquela ocasião havia uma multidão oriunda de diversos países, falando idiomas diferentes, mas, quando os discípulos de Jesus começaram a discursar em hebraico, cada pessoa da plateia ouvia-os como se falassem no seu próprio idioma, um fenício ouvia-os em fenício, um grego os ouvia em grego e assim por diante, embora os apóstolos só falassem em hebraico ou talvez aramaico[1].
A Xenoglossia é diferente do que se pratica nas igrejas pentecostais e carismáticas, o que se reproduz nessas instituições chama-se Glossolalia que é uma forma imperfeita da Xenoglossia. São na maior parte dos casos, sons estranhos que não têm significado linguístico algum. No meio evangélico a Glossolalia é também denominada de “linguagem dos anjos”.
[1]Ver o nosso artigo: UM NOVO PENTECOSTES.