Os organizações civis e Direitos humanos: utilização da religiões para fins políticos
A Universidade religiosa e de direitos humanos no Marrocos tem provocado muitas associações e entidades civis a debater sobre a relação de uso entre religião e política, bem como os detalhes das normas internacionais que interditam o uso de religiões para fins políticos.
Foi, ontem, quarta-feira, na capital, Rabat, Marrocos, na presença de associações de diferentes tendências sob os auspícios do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, que os intelectuais marroquinos e internacionais de vários países vieram para debater sobre o tema, e os desafios da política e religião.
A sra Soraya Lahash, presidente da Associação Fórum de Contribuições de Marrocos e patrocinadora parlamentar da iniciativa no reino, tem sublinhado que a escolha de realizar o simpósio em Rabat vem no contexto da abertura religiosa e garantia da liberdade dos rituais, sob a liderança de Rei Mohammed VI, Comandante dos Fiéis.
A Sra Lahash, no artigo publicado no jornal eletrônico Hespress, considerou que Marrocos é um país aberto e sem nenhum empecilho legal ou constitucional, saudando o tratado internacional que protege contra o extremismo.
É de não antagoniza a religião, uma vez que o Tratado da Proibição de Exploração Política em direção da Religião, sendo cada vez mais chama atenção, em termos da proteção e cobertura dos direitos humanos, contra o extremismo e grupos manipuladores da religião como meio de combate ao esclarecimento, a igualdade e dignidade humana.
Por sua vez, Sr Salam Sarhan, fundador da iniciativa e secretário-geral da organização "Pepure International", sublinhou que o objetivo da conferência tem sido mobilizar o apoio internacional, visando a proibir o uso político da religião, especialmente no campo da legislação.
Sr Sarhan enfatizou, no seu discurso, a iniciativa que foi abordada como meio para acabar com todos os usos políticos sobre a religião, contra aqueles que violem a igualdade, os valores básicos da justiça e dos direitos humanos, além do fato do uso da religião para incitar a intolerância, a divisão dos valores da religiosidade, e a discriminação para servir agendas políticas.
No mesmo contexto, o Sr Lord Rowan Williams, ex-chefe da Igreja Anglicana, tem manifestado o interesse para engajar na iniciativa, criticando o uso religioso na política, positivamente ou negativamente.
O Sr Lord Williams concluiu que o aspecto positivo da religiosidade é de proteger e construir as pessoas para enfrentar o racismo, ao contrário, de alguns aspectos negativos tendenciosos, positivos radicais não admitem as diferenças.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário-Marrocos