Somos poiema de um amoroso Criador.

Pois somos feituras de Deus, realizada em Cristo Jesus para vivermos em boas obras, as quais Deus preparou no passado para que nós as praticássemos hoje. (Efes 2:10). Este versículo faz parte de uma exortação a viva graça de Deus, que Paulo faz aos da época. E ela chega a nós com a mesma vivacidade e força.

Aqui vemos a beleza se revelar além da teologia, pois a palavra feitura no grego é poiema (ποιημα). Esta palavra nos remete a beleza dum poema que o poeta escreve no vivo pulsar de um coração. É, somos poemas compostos pelo amoroso Poietes, para que vivêssemos propagando o amor pelo universo.

Mas o pecado da desobediência no fez errar o alvo, hamartia (αμαρτια), o triste erro do alvo. Pois conhecíamos o bem, mas desejávamos conhecer o mal e na desobediência perdemos a direção do amor, e seguimos a direção do egoísmo e do desamor e então veio a morte para que a maldade não fosse eterna.

E logo veio a lei, mas a lei não pode corrigir a ninguém ela só pode punir ou balizar o agir humano. Em num tempo certo veio a graça do amor, que não extinguiu a lei, mas sim a completou. A lei do amor ao mesmo tempo que é simples, se faz difícil. A lei do amor ao mesmo tempo que é suave, se faz dura.

Mas por quê? Suponhamos que quebrantemos uma lei; podemos pagar com uma multa ou prisão que ela exige, e feito o pagamento ou cumprido a pena a lei deixa de ter exigências sobre nós e nos sentimos livres. Mas suponhamos que quebrantemos o coração da pessoa amada. Neste caso até podemos remediar, mas jamais poderemos expiar o fato.

Esta é nossa situação para com Deus. Não pecamos contra a lei de Deus, mas sim contra o seu coração. Mas o Pai vai além do sentir humano, pois ao nos autoavaliar e em arrependimento pedirmos perdão, a graça divina pode nos reconduzir a uma relação correta com o Pai. É certo que não temos como merecer o perdão de Deus; só podemos aceitá-lo com fé e confiança em seu amor de Pai.

E advindo o perdão e a salvação devemos voltarmos as boas obras, ou seja, nos mirarmos no verdadeiro alvo, que é o servir em amor e verdade. É certo que nossas boas obras, jamais podem fazer de Deus o nosso devedor, mas sim a gratidão ao amor de Deus o que nos coloca no dever de manifestar, através de nossa vida, o vivo amor pelas outras vidas.

Agora Sabemos o que Deus quer que façamos. Deus preparou com muita antecipação o tipo de vida que Ele deseja que vivamos e através das Escrituras e por meio de seu Filho nos revelou a Boa Nova da vida eterna, ou seja, a vida de Deus, que se revela em amor que segue amando e servindo por todos os tempos. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 10/05/2022
Código do texto: T7512910
Classificação de conteúdo: seguro