A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS
(…) em Cesaréia de Filipe, após interrogar seus discípulos acerca do que diziam os homens a seu respeito, Jesus declara: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mateus 16:27). Conclusão:
a) Jesus é o Guia Espiritual de todos os homens;
b) Aplicação da Lei de Causa e Efeito;
c) Revelação da Lei de Merecimento;
d) O que define a sorte futura são as obras e não a fé;
e) Mais importante do que pensar e crer, é o fazer;
a) Jesus é o Guia Espiritual de todos os homens: ao se referir a si mesmo Jesus se autodenominava “Filho do Homem”. Ao fazer aquela citação, Ele declarou, mas uma vez, sua missão junto aos homens, outorgada por Deus: ser o Guia Espiritual de todos nós, contando com a colaboração dos Espíritos Superiores (“com os seus anjos”), para aplicação da Lei de Deus.
b) Aplicação da Lei de Causa e Efeito: a cada um será dado segundo as suas obras, ou seja, segundo o seu merecimento. A felicidade ou a desgraça que acompanha o Espírito, nesta vida ou no plano Espiritual, decorre unicamente de suas obras, daquilo que ele fez. Se agiu para o bem, será agraciado; se agiu para o mal, sofrerá as consequências infelizes de seus atos.
c) Revelação da Lei de Merecimento: ao dizer “… segundo as suas obras”, fica evidenciado que existe uma lei aplicável a todos nós, que é a Lei do Merecimento. É o princípio bíblico de que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6-7);
d) O que define a sorte futura são as obras e não a fé: Jesus disse “segundo as suas obras”. Ele não disse “segundo a sua fé”. Se as obras não tivessem influência sobre a sorte futura do Espírito, jamais o Cristo teria deixado aquela lição. Tanto aqui, como em muitos outros momentos, Jesus não colocou a fé, sem as obras, como balizadora da salvação, como pregam os irmãos protestantes;
e) Mais importante do que crer, é o fazer: se a cada um é dado segundo as suas obras, conclui-se que naquilo que você faz que está o seu mérito. Jesus enalteceu o poder da fé para mostrar a capacidade que nós temos de fazer o bem. E fazê-lo em proveito dos outros. A fé que nada faz, não possui mérito algum. O louvor que nada produz, em favor do próximo, não traz beneficio para ninguém.
Melcíades José de Brito
Trecho extraído do livro
“O Espiritismo à Luz da Bíblia Sagrada”
Pag. 43,44