QUANDO DEIXAMOS DE VIVER O EXTRAORDINÁRIO?

O tema é difícil já que o conceito de extraordinário muda conforme o que estamos vivendo. Quando pensamos em espantoso nos vem a memória a cura de alguma doença; de esplêndido uma jogada de futebol que não estava prevista e de extranatural de algo sobrenatural. Daí vem os conceitos e as ideias do que pensamos ser extraordinário. Mas, uma coisa me incomoda, por que deixamos de viver o que é estupendo e memorável?

Eu poderia responder de várias formas, mas antes gostaria de deixar claro que os dias mais marcantes de nossa vida na maioria das vezes são os trágicos. Infelizmente para nós se tem um dia que nunca nos esqueceremos e ele é extraordinário por causa disso é a morte de Airton Senna e o 11 de setembro.

Quando nos voltamos pra Bíblia pensamos em quando o povo era escravo do Egito; o cativeiro Babilônico; a viúva que Jesus ressuscita o seu filho e as 27 chicotadas que Paulo levou. Dias sombrios, sim, mas extraordinários, pois ficaram na história. Independente do ocorrido estes dias foram divinos e admiráveis.

O apóstolo Paulo em I Cor 13:12 disse: “O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado...”. Ou seja, esses dias extraordinários ficarão em nossas mentes como uma mancha, a imagem imperfeita daquilo que eu gostaria que fosse perfeito. Como assim?

Quando falamos de extraordinário só pensamos em coisas boas, como por exemplo, os dias que:

o Abraão viveu, quando ouviu Deus falar – “Farei a tua descendência numerosa como as estrelas do céu” – Gn 26:24.

o Davi, quando viu Samuel o ungindo Rei, pois o Senhor tinha falado com ele: “Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo”.

o A viúva que Jesus ressuscita o seu filho, o trágico que se torna extraordinário – Lc 7:11-16

Ou seja, até agora aprendemos que os dias deslumbrantes da nossa vida serão os bons e os ruins, que nunca nos esqueceremos dele. No entanto, deixamos de viver a parte boa do que é extraordinário para viver somente a parte ruim. Como assim? Todos os dias anunciamos coisas ruins, todos os dias falamos do que não nos trás crescimento.

Então, como viver o que é memorável novamente? Nascendo de novo, ou seja, parando de falar daquilo que tem marcado o seu dia a dia de forma negativa. Está na hora de começar a viver o processo de fé, mas para isso você precisa passar por uma metanoia total na sua mente. Como assim?

Ninguém vive o extraordinário senão passar pelo processo, Deus revelou para Abraão e os outros o início e o fim do processo, mas não falou do meio. Por quê? Se Ele falar o meio muitos vão desistir. Entende? Se, sim, então você vai conseguir ver o meio do processo de Abraão, Davi e da Viúva.

Se conseguir imaginar, então consegue ver o quanto ele foi doloroso, no entanto nenhum deles reclamaram do processo, por que? Porque, assim como Isaias não perguntaram quanto iriam ganhar, qual seria o salário e nem qual seria a recompensa. Simplesmente disseram: “Eis-me-aqui”.

Se queremos viver o extraordinário todos os dias precisamos falar como o salmista: “De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando – Sl 5: 3. E a noite novamente dizer: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro” – Sl 4:8.

Se liga!

ESPERAR é o processo para você ver o EXTRAORDINÁRIO ACONTECER. Por isso, podemos vivê-lo todos os dias, no entanto ele pode ser bom ou ruim. O que fará com que você decida quais momentos memoráveis você irá viver, os bons ou os ruins. Um conselho, faça o que Jeremias fez, escondeu os ruins e pediu ao Senhor que lhe trouxesse: “...à memória aquilo que pudesse lhe dar esperança” – Lm 3:21.

Enfim, quando deixamos de viver o extraordinário? No momento em que deixamos de ansiar e pedir por ele. A culpa não é de Deus por não o vivermos, mas nossa por passarmos a priorizar outras coisas.

Deus te abençoe!

William Paixão

“Minhas Palavras, meu púlpito”

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