MEU ÂNIMO SE ESFRIA LENTAMENTE
Sinto saudades da minha juventude, dos cultos nos lares, das vigílias, dos evangelismos e dos cultos nas praças e esquinas. Um tempo de crescimento e amadurecimento onde quem cantava e pregava raramente tinha oportunidade na Igreja. Às vezes, minha memória me trás os chutes que tomei de um homem por apenas lhe oferecer um panfleto.
Quantas vezes, na época, ficamos tristes por não poder ir aquele culto no lar na casa de um não crente no domingo às 15h?
Quantas vezes íamos do culto direto pra Igreja, porque não podíamos chegar atrasados.
Acredite, vivi momentos fantásticos onde vi famílias inteiras se convertendo e aceitando Jesus como salvador.
Um tempo que minha memória silenciosamente trata de apagar, sem ruído algum ela vai eliminando todo traço de lembrança, de forma branda vou me vendo deixando para trás pensamentos que me fizeram ser um crente.
Um crente, que deixou para trás muitos frutos, que hoje quando tem o privilégio de os encontrar é apresentado como: Este é o meu pai na fé.
O Apóstolo Paulo talvez seja aquele que mais viveu esta experiência de ver as pessoas se convertendo. Em Filipos, Atos nos registra:
1. A conversão de Lídia;
2. De uma jovem que fora tomada por espírito maligno
3. A Família do Carcereiro da Cidade e talvez alguns dos detentos.
Enfim a julgar pelo que vejo e presencio todos os dias nas redes sociais, nos cultos e nas conversas e bate-papos com os amigos. É que enquanto corríamos por uma coroa incorruptível, hoje vemos o povo sendo estimulado a correr para alcançar uma coroa corruptível – I Cor 9: 20-25.
Você ainda está aí?
Então, Jesus disse: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”. No entanto, o que mais vemos hoje é o homem buscando a Deus com o intuito de ser abençoado para acumular tesouros.
Preciso sair dessa morosidade e voltar a acelerar mesmo que a idade já não seja mais a mesma.
Preciso voltar a me alegrar não como um crente que vive o atual momento da Igreja.
Preciso mudar e remoldar o meu ser, para que eu possa em meus altos e baixos, com base na minha fé continuar acreditando na Igreja do Senhor.
Eu sei que é possível olhar além e não somente os desastres que meus olhos insistem em me mostrar. Por isso, fico deprimido e desanimado não conseguindo mais contemplar pela fé que o Senhor ainda é soberano e que Ele ainda continua salvando vidas.
Hoje eu desejo muitas coisas e na extravagância dos meus desejos está a minha teimosia em desconfiar do evangelho atual, e minha obstinação em buscar ao Senhor aspirando fazer parte dos remanescentes.
Que Deus nos abençoe!
William Paixão
“Minhas Palavras, meu púlpito”
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