Uma viva vida governada pelo amor de Cristo.
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Gál 5:13-14). Estes versículos fazem parte de uma admoestação que Paulo faz aos da época, para que não sigam a influência de uns que punham o governo da graça de lado.
Sempre haverá alguém que pensa que a vida cristã deve ser permeada de castigos e sofrimentos. Mas o Senhor que nos governa só nos pede amor. E de especial o amor ao próximo. A vida na terra seria melhor e mais rica em vida, se nós colocássemos o amor ao próximo a frente de nossos eitos, preceitos e preconceitos.
O interessante que nesta passagem Paulo não cita o amor a Deus, mas este está implícito pois quem respeita os mandamentos do amor, ama e respeita a Cristo, e jamais deixará manchar aquilo que a obra na rude cruz limpou e deixou branco como a neve.
O triste é que hoje ainda não compreendemos que o governo de Cristo torna a vida mais rica e cara. Não há governo que o ser humano tenha inventado que possa diminuir o governo de Cristo. Vamos comparar alguns tipos de governos para entender melhor. A monarquia é o governo de um, pode até ter um comitê, mas a história nos mostra que sempre acabará sendo tendencioso.
Oligarquia significa governo dos poucos; pode justificar-se sustentando que só poucos são capazes de governar. Aristocracia significa governo dos melhores. Mas melhores em que? E assim segue.
Já o governar de Cristo nele se mostra a real democracia, porque num tempo em que cada cidadão tem como dever pensar no bem-estar do próximo e fazer ao próximo aquilo que ele quer que faça pra si mesmo. E tem mais a graça traz uma viva liberdade para se viver um vida real.
Mas devemos entender que a liberdade cristã não é libertinagem pela simples, mas tremenda razão, de que o cristão não foi feito livre para pecar, mas sim, pela graça de Deus, é livre para não pecar. O cristão é aquele que busca incessantemente que o Espírito de Cristo que nele habita, o purifique transformando o egoísmo no fruto do Espírito.
Então O Espírito transforma, o ego egoísta, o avarento, o soberbo, o ganancioso, o invejoso e o maldoso em alguém que ama a seu próximo como a si mesmo, algo que não é possível senão para o cristão. No final Paulo acrescenta uma advertência: Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros. (Gál 5:15).
E o que aprendemos aqui? Aprendemos que ao dar vazão ao egoísmo os relacionamentos se tornam insuportáveis, e quando o ser humano não se relaciona sua alma se enche de tristeza e seu corpo se definha e vem a morte.
Mas quando ele se deixa ser guiado pelo vivo amor seu espírito se fortalece, sua alma floresce e seu corpo vive a vida que Deus nos prometeu, e mesmo em meio de turbulentas aflições, ele mantém se em bom ânimo. Até porque o egoísmo não exalta o ser humano, mas o destrói.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).