OS PÃES DA PROPOSIÇÃO
“Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome. Como entrou na casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhe era lícito comer, nem ele nem os que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Jesus (Mateus 12: 3)
A observância de determinadas tradições tem sido o apanágio de muitas religiões e crenças existentes na terra, constituindo verdadeiros resíduos de arcaicas concepções humanas que nunca puderam ser destruídas, pelo menos até o presente.
Muitos homens vivem submetidos às mais variadas formas de fanatismo e superstições, curvando-se muitas vezes diante de práticas esdrúxulas e de absurdas crendices.
No Espiritismo não é consagrada qualquer espécie de tradição e aos que seguem seus postulados é recomendado, como condição “sine qua non” para se espírita, não se prender a qualquer sorte de superstição, devendo propugnar para a manutenção de uma mentalidade arejada e uma consciência liberta, repudiando qualquer apego a fórmulas retrógradas, herdadas de velhos preconceitos religiosos.
No trecho evangélico supra, Jesus procurou extirpar da mente dos seus discípulos, contemporâneos e pósteros, o apego a essas formas de tradição ou superstição. Fez ver que Davi, quando perseguido pelo rei Saul, apesar de ser fiel seguidor das normas religiosas instituídas por Moisés, não hesitou em entrar no templo e comer, juntamente com aqueles que o seguiam, os pães da proposição, que a tradição reservava exclusivamente aos sacerdotes.
Extraído do livro “Os Padrões Evangélicos”
Autor: Paulo Alves Godoy