O CORPO DE CRISTO
Assistindo a live de Lucas Lancaster, “O Tesouro Oculto da Fé Católica”, consolidei melhor a compreensão que tinha sobre a Igreja Católica e o sentido de ser cristão.
A minha compreensão espiritual implica na existência de Deus (ou qualquer outro nome que se queira dar) como a suprema Sabedoria do Universo, Criador de todas as coisas, e que enviou para nos ensinar um dos seus filhos mais evoluídos, Jesus de Nazaré.
Após 30 anos de vivência junto aos seus familiares, Maria e José, principalmente, Jesus foi batizado por João Batista, ficou 40 dias no deserto como teste de resistência física e moral e começou a sua missão. Escolheu 12 pessoas humildes para serem os seus discípulos diretos e passou a agir como o Filho de Deus e em seu nome fazia o que ninguém conseguia: os milagres.
Ao lado dos milagres havia principalmente os ensinamentos de como construir o Reino de Deus, com a prática do Amor Incondicional e transformando a prioridade da família nuclear em responsabilidade com a família universal.
Depois de três anos nesse trabalho, o tempo oportuno de ser dado o lance final da crucificação para a consolidação de tudo que fora ensinado, Judas teve o encargo de promover a chamada traição que levou o Mestre ao “julgamento” do Sinédrio, depois a decisão de Pôncio Pilatos, o governador romano, que mesmo não vendo nele nenhum crime, no homem que os sacerdotes queriam matar, tentou salvá-lo com argumentos e eleição, e mesmo assim a população direcionada por falsas narrativas resolveu libertar Barrabás.
Após a crucificação, os 11 discípulos resolveram substituir Judas que havia se suicidado por Matias e passaram a difundir os ensinamentos do Cristo como Igreja, pelo mundo afora. O simbolismo da Última Ceia, quando ele falou que o pão e o vinho significavam o seu corpo e sangue, significava que a Sua essência passava a integrar o corpo e mente de quem o ingeria dessa forma. Cada pessoa incorporava simbolicamente a essência do Cristo e assim coletivamente formavam sua Igreja, com toda a hierarquia necessária. A cabeça é onde ficava, de forma monárquica, a direção dos trabalhos, que encontramos na figura do Papa. Todas as demais células desse corpo, que somos nós, temos tarefas a realizar, mas sempre com a essência do que o Cristo ensinou, e esta é a grande responsabilidade do Papa, em manter todas as células deste corpo simbólico do Cristo sintonizado com os seus ensinamentos.
Dessa forma compreendo a resistência de muitos padres e bispos em não aceitarem o comportamento do atual Papa, Francisco, em querer dar prioridade a um ecumenismo religioso, trazendo para o seio da Igreja Católica diversas outras igrejas, judaicas, muçulmanas e protestantes, que não tem em seus membros ou direção a incorporação do Cristo como células do seu corpo simbólico.
Devemos ser fraternos com todos, como todos são realmente filhos de Deus, mas não há como introduzir no Corpo Simbólico do Cristo, pessoas que não sintonizam com o seu ensinamento. E o Papa, como a cabeça pensante deste Corpo não deveria permitir tal inclusão, sob pena de nos intoxicar e talvez matar este Corpo Simbólico do Cristo ao qual pertencemos.