Amando e perdoando sete vezes ao dia.
Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe. (Luc 17:3-4). Este versículos nos diz algo de suma importância sobre o perdão ao próximo.
Os versículos acima têm uma intimidade com o de (Mat 18:22), versículos que devem serem lidos com a parábola do credor incompassível (Mat 18: 21-35). Para que haja um entendimento claro sobre o perdão ao próximo, pois quem tenta simplificar tal estudo ensina errado, e quem tem preguiça de estudar os ensinamentos de Jesus, até são crentes, mas não são cristãos.
Mas voltemos ao estudo dos versículos. Ele começa dizendo para que olhemos para si mesmo, a palavra do grego usada aqui é, prosecho (προσεχω), que entre seus significado tem o de: “assistir a si mesmo, dar atenção a si mesmo; ou seja, se auto-observar e se autoavaliar”. Estar continuamente atento ao que acontece em seu interior diante das situações e acontecimentos que ocorrem a sua volta, pois é mais importante sabermos o que sentimos, do que dos acontecimentos externos, (ler, Mat 26:41).
Jesus diz sobre perdoar sete vezes ao dia. Para que possamos entender o dito devemos entender o contexto. Os rabinos diziam que se um homem perdoava seu irmão três vezes era perfeito. Jesus em seu modelo toma a norma rabínica, duplica-a e lhe adiciona um. Não se trata de um cálculo aritmético. Simplesmente significa que o modelo cristão do perdão deve exceder imensuravelmente o melhor modelo que o mundo possa obter.
Mas este perdão tem três linhas a seguir como poderemos ver: E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Primeiro devemos conversar, comunicar com o irmão que cometeu algo que nos afligiu. Mas comentar com o irmão, e jamais sair por aí falando mal do irmão ou denegrindo a imagem dele, pois quem faz intrigas também erra, e aqui cabe estudarmos com afinco o sermão do monte, (Mat capítulos 5,6 e 7).
E para aquele que errou deve haver arrependimento, ou seja, mudança de pensamentos e atitudes. E do perdoador o perdão, que é tirar de seu coração toda mágoa, rancor e ranços. Isso por si só na condição humana se mostra difícil e as vezes impossível, mas lembremos que temos um ajudador para que isso aconteça, que é o Espírito Santo.
Aqui cabe lembrar que o impossível é o limite que colocamos para nossa comodidade. E quem busca comodidade no caminho Cristão não herdara o reino de Deus. Aliás nem na vida comum chegaremos em algum lugar pensando assim. Hoje vemos como rotineiras e corriqueiras as coisas que eram impossíveis há cinquenta anos.
Até porque se encararmos algo dizendo: "Não se pode fazer", não se fará; se o encaramos dizendo: "Deve fazer-se", há mais probabilidades de que assim seja. Devemos lembrar que jamais enfrentamos tal tarefa sozinhos, mas sim Deus, está conosco com todo seu poder, para que realizemos a viva tarefa do amor.
Então que hoje tomemos por tarefa o vivo perdão, e se nos faltar forças par o tal, oremos e a oração nos fortalecerá para que pratiquemos mais amor e menos julgamentos. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).