Menos separação, mais união em amor e verdade.
Quando, porém, Pedro chegou a Antioquia, eu o enfrentei face a face, por causa da sua atitude reprovável. (Gál 2:11). Este versículo faz parte de enfrentamento que Paulo faz a Pedro devido as suas atitudes não cristã.
Para que entendamos o porquê deste embate devemos conhecer o contexto dos acontecimentos. Na Igreja primitiva tinha-se o costume de fazer uma refeição periodicamente onde todos os cristão participavam. Esta era a reunião ágape (αγαπη), ou seja, a festa do amor onde todos contribuíam com o que tinham. Era algo especial, pois assinalava o companheirismo e a participação comunitária dos cristãos.
Mas nesta reunião estava acontecendo algo que não coadunava com o pensamento Cristão. Pois alguns religiosos de mente fechada faziam partidarismo, porque se julgavam melhores que os mais símplices. Quando estudamos a história vemos que estes de mente fechada, carregados de eitos, preceitos e preconceitos, influenciaram a Pedro e consequentemente até a Barnabé, causando separação na festa do amor invés de união.
O triste que ainda hoje vemos isto acontecer, muitos por ter uma conta bancária mais afortunada, ou por ter uma formação escolar melhor sentem-se especiais quando na verdade só são um averso do amor que une. Devemos entender que a Igreja cristã não pode continuar sendo cristã se der lugar nela a qualquer diferença de classes. Os títulos que as pessoas ostentam entre seus semelhantes carecem de importância na presença de Deus.
Perante Deus o ser humano não é nem ortodoxo nem pagão, nem nobre nem plebeu, nem rico nem pobre: é simplesmente um pecador por quem Cristo morreu. Ser Cristão é participar de uma filiação comum que devem ser irmãos. Aquele que decide caminhar em Cristo, possui um novo parentesco que lança por terra toda barreira terrena, porque são filhos de um Pai que é Deus.
E aqui entendemos que todo aquele que fala por traz de irmão aborrece o Pai, todo aquele fomenta fofocas contra outrem entristece o Pai; todo aquele que trai o irmão, trai o Pai; todo aquele que explora o irmão, explora o Pai; todo aquele que menospreza o mais símplice despreza o amor do Pai; todo aquele que opta pela avareza em detrimento em ajudar o próximo, deixa de servir o Pai. Pois quando ajudamos e consolamos o próximo, o fazemos ao Pai.
E para aqueles que gostam de dizer isto é bíblico basta ler (Mat 25:31-46), onde lemos o que Jesus diz: Então o Rei, esclarecendo-lhes responderá: ‘Com toda a certeza vos asseguro que, sempre que o fizestes para algum destes meus irmãos, mesmo que ao menor deles, a mim o fizestes’ (Mat 25:40).
Que cada um de nós avalie a si mesmo e veja onde estamos na festa do amor. Pois o Pai nos avalia segundo o nosso interior, onde a verdadeira riqueza está, e o quanto mais nos parecemos com Cristo Jesus em amor e verdade. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).