O distribuidor de panetones

Há alguns anos um distribuidor de panetones passou em Rive (Alegre-ES), dizendo que “há muitos cristãos que não dão nada para os outros, são tipos de pessoas que não irão pro céu. Por isso, eu não quero estar lá!”

Essa pessoa está antecipando classe ou “tipo de pessoas que vão para o céu”, que é ato da competência de Deus e que estão revelados em Sua Palavra, independente de alguém (fora de Deus) dizer quem vai e quem não vai! (1ª Co 6.9-11).

Os que não vão para o céu, segundo a Palavra de Deus, são os que não creem em Cristo e outros. (Leia Mc 16.16; Jo 3.36; Ap 21.8 e 22.14, 15). São os que amam, vivem e ainda se lambuzam no pecado!

Veja que destoa da realidade e das verdades bíblicas a forma exibida e pública que o autor, usando de um microfone e caixa acústica interna a seu veículo, falou de forma ostensiva sobre quem dá as coisas de comer para os outros!

A Bíblia nos ensina que não devemos mostrar o que demos com a “mão direita” para que “não saiba a esquerda!” (Mt 6.2-4). Paulo, o apóstolo dos gentios, diz em 1ª Coríntios 13.3, que “ainda que eu distribuísse os meus bens e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”.

O dinheiro e os pães que se dão aos outros, ainda que carentes, acabam, mas há valores que nunca acabam! Um deles é ensinar uma profissão para que o nosso semelhante aprenda a trabalhar!

Outra coisa importantíssima é ensinar-lhe o Caminho da salvação, pelo sacrifício que Cristo fez por nós!

Melhor que dar o peixe, é dar a isca e ensinar as demais pessoas a pescarem!

Quem vem a público para dizer umas asneiras tais quais o fulano de tal (de barba) ou está dopado de alcoolismo ou cheio de ensinos materialistas!

É preciso saber muitas vezes qual a ORIGEM DOS BENS que se distribuem à revelia: se foram honestamente ganhos; se foram arrecadados de outros ou se a origem é criminosa!

Por último, é preciso aprender que a salvação de alguém (que vai para o céu) não é adquirida por barganha com Deus, mas que custou o precioso sangue de Cristo, o Cordeiro Prometido antes da fundação do mundo (não com frangos mortos e postos nas encruzilhadas – Ef 2.8-10). O Cordeiro morto na cruz é prova cabal que não é o que se FAZ, ou seja, as obras dos homens, mas o FEITO, de Deus, o feito sacro, o sacrifício do próprio Deus que se humanizou e se deu a si mesmo em preço de redenção na cruz do Calvário.

A obra que salva é a OBRA DE CRISTO, jamais as dos homens! O Dom de Deus é grátis!

Para concluir interrogamos: o que o locutor do veículo fazia era arrecadação de bens ou dinheiro para algumas pessoas que estavam passando fome?

Em favor das pessoas, para as quais o locutor trabalhava, o que era mais necessário: pão, agasalho ou remédios?

Aquela distribuição satisfez plenamente o seu objetivo?

O dia a dia das pessoas foi acompanhado?

Qual foi o objetivo dessa distribuição? Seria publicar a marca do Panetone? Seria suprir a falta de pessoas carentes? Ou seria mera ostentação, que contraria um ou vários textos bíblicos apontados no início deste artigo, que repito aqui: Mt 6.2-4 e 1ª Co 13.3.

Rive (Alegre-ES), 26 – 12 – 2014

Fernandinho do forum