Construindo o amanhã
Livro dos Espíritos, Q -122. - Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os encaminhe para uma senda de preferência a outra?
R -“O livre-arbítrio se desenvolve a medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo”.
Com a consciência plena, observamos o presente com a visão no futuro. Essa é a nossa prática diária. Ninguém, nessa condição, vive sem esta realidade. Planejamos tarefas, férias e tudo aquilo que almejamos obter e vivenciar. Mas, dificilmente, apercebemo-nos de que o relógio do tempo não é igual ao criado pelo ser humano. Ele não adianta, não atrasa e não volta. É inexorável! É comum vermos pessoas felizes ao relembrar o passado. Proezas, sucessos e muitas coisas que foram motivo de felicidade e ao retornar à mente aquelas ocorrências, estampa-se a felicidade revivida.
Nesse cenário precisamos realizar novos empreendimentos para que adiante se tornem boas recordações. No teatro da vida e na escola Terra, estamos sujeitos aos ciclos que a Natureza nos impõe e os nossos próprios e intransferíveis, como os desafios diários que nos oportunizam a construção de um amanhã com memórias gratificantes. Pensando assim, tenhamos a coragem de não esmorecer com o tempo. É preciso encarar a vida a cada dia como um novo tempo a ser explorado e conquistado pelas atitudes do bem para o coletivo em que estamos inseridos.
Deus não nos daria nenhum tempo para que vivêssemos na “ociosidade”. Obviamente iria de encontro à Lei do Progresso. Nossas atividades estarão diretamente vinculadas às nossas condições físicas e mentais. Façamos o que nos compete agindo com os cuidados necessários. A estagnação do corpo ou da mente é antecipar a partida e deixar de lado oportunidades sutis que nos chegam para sermos úteis na prática do bem.
Nosso propósito existencial é crescer e evoluir infinitamente e, para tal, a renovação a cada dia é o caminho para esse objetivo. Deve ser uma meta constante a reconstrução do nosso interior com o mesmo vigor com que nos empenhamos para os projetos materiais ou até maior, por ser o Espírito imortal. Atentemos para a mensagem de André Luiz, no Livro Caminhos de Volta, pg.37, psicografia de Francisco Cândido Xavier: “Você tem uma vida para construir: é a vida que Deus lhe deu”.
No Livro dos Espíritos, questão 333, temos: ”Todo mundo já passou por algo que nos modificou de tal modo que não foi mais possível sermos a pessoa que éramos antes”. Quando vivenciamos a transformação para melhor, nossa consciência marca esse degrau de crescimento e a lucidez que nos chega e alarga a visão transcendental de que necessitamos.
Com esse alicerce firme condicionamo-nos para passos mais amplos nessa construção pessoalmas que se transforma num espelho com imagens positivas para os que nos rodeiam. Esse coletivo será forçosamente influenciado pelas energias benfazejas que emanarmos.
Procuremos catalisar o progresso da humanidade edificando o nosso interior favorecendo a psicosfera do Orbe terrestre. Cada um responde pela sua história e consequências para o todo a que pertence. (A renovação é necessária; o desfecho depende de cada um de nós).
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
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