Mais que sinais externos, mudança interior aos moldes de Cristo.
Os fariseus e os saduceus aproximaram-se de Jesus e, para o provar, pediram que lhes mostrasse um sinal vindo do céu. (Mat 16:1). Este versículo faz parte de uma passagem onde ortodoxos de pensamentos opostos pedem para que Jesus lhe mostre sinais.
Eles tinham na lembrança os sinais que Deus havia dado por meio dos profetas. E com este pensamento antigo é que eles se aproximam de Jesus. Mas Jesus já era o próprio sinal vivo de um Pai que ama seu povo. E então Jesus responde: Esta geração perversa e infiel pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será concedido, a não ser o sinal de Jonas”. Jesus se afastou, então, deles e partiu dali. (Mat 16:4).
Parafraseando o que disse Jesus: "Em Mim vocês se confrontam com Deus, com seu amor e com sua verdade. Que mais podem necessitar? Mas são tão cegos em sua alma que não conseguem ver." Aqui há uma verdade e uma advertência. Jesus Cristo é a última palavra de Deus. E a revelação de Deus não pode ir além de Jesus Cristo.
Para que entendamos que em Cristo está o amor de Deus de maneira evidente, para que todos nós o vejamos. Em Cristo está a mensagem de Deus, em viva e clara voz, para que todos a escutemos. Em Cristo está o sinal vivo de Deus para a humanidade. A verdade que também é uma advertência, se Cristo Jesus não pode convencer a humanidade do amor do Pai, ninguém pode fazê-lo.
Se as pessoas não podem ver a Deus em Jesus, não podem vê-lo em nada nem em ninguém. Quando nos confrontamos com Jesus Cristo, encontramo-nos frente à última palavra de Deus, em frente a seu último chamado. E sendo assim, o que esperar do ser humano que rechaça essa última oportunidade, que chega com esse amoroso convite na viva palavra? A triste resposta é a desumanidade.
E mais muitos de nós vivemos buscando sinais fora de nós, mas a palavra para sinais aqui usada é, semeion (σημειον), que tem entre seus significados o de: Uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza. Ou seja, no planeta sempre houve terremotos, erupções vulcânicas, deslizamento de terra e, etecétera. E a maldade humana sempre existiu.
Jesus aqui nos ensina que devemos nos livrar da cegueira da alma, limpando-a para que haja espaço para que o fruto do Espírito floresça dentro de nós. Até porque nós já tivemos um vivo sinal de qual caminho seguir. E este caminho é o estreito caminho onde o amor, a misericórdia e o vivo servir ao próximo se faz presente.
E sempre ter a frente o vivo sinal de Deus que veio a terra por amor a nós. Cabe a cada um de nós escolher viver buscando sinais afora, ou optar pelo bom combate da mudança interior na forma e nos moldes do amor de Cristo Jesus. Estando sempre prontos a negar a si mesmo em prol de um servir ao próximo em suas carências e necessidades. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).