O isolamento nos torna vulneráveis, o companheirismo nos fortalece
O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja sozinho. Farei alguém que o ajude e o complete. (Gênesis 2:18 NVT)
Os últimos dois anos nos deram um gostinho amargo do que é o isolamento. A pandemia mostrou que para o nosso próprio bem, às vezes é necessário manter uma certa distância, mas não por muito tempo.
Os seres humanos foram criados para serem criaturas relacionais e sociais. O isolamento pode ser necessário, por um pequeno período, mas não deve se tornar um modo de vida permanente.
O que vemos logo no início da Bíblia, é que o próprio Deus viu a necessidade do ser humano em ter companhia.
Deus disse que não era bom que o homem estivesse sozinho, então Ele fez do próprio Adão uma auxiliar adequada para ele e a chamou de mulher (Gênesis 2:23).
A Bíblia também nos ensina no livro do Eclesiastes, que o isolamento não faz sentido, e quão importante é o companheirismo.
É melhor serem dois que um, pois um ajuda o outro a alcançar o sucesso. Se um cair, o outro o ajuda a levantar-se. Mas quem cai sem ter quem o ajude está em sérios apuros. Da mesma forma, duas pessoas que se deitam juntas aquecem uma à outra. Mas como fazer para se aquecer sozinho?
Sozinha, a pessoa corre o risco de ser atacada e vencida, mas duas pessoas juntas podem se defender melhor. (4:9-21 NVT)
Quando nos isolamos, nos tornamos vulneráveis, e logo seremos atingidos pelos maus pensamentos, pelos ataques espirituais da tentação do pecado, pela depressão, pelo egoísmo e até pela raiva.
Cercar-nos de outras pessoas, especialmente dos familiares e dos irmãos em Cristo, traz muitos benefícios: o companheirismo, a mão amiga, a proteção, a hospitalidade, os conselhos, o encorajamento, o compartilhar os dons espirituais...
Somos mais fortes quando estamos unidos e fracos quando estamos distantes uns dos outros, seja como família ou como igreja do Senhor.
Jesus sentiu compaixão de uma viúva que iria enterrar seu único filho, e o ressuscitou, com certeza pensou na sua solidão (Lucas 7:11-15). Uma mulher com fluxo de sangue por doze anos era considerada impura (Levítico 15:25-27) e não podia fazer atividades normais com as pessoas. Ela se sentia sozinha e estava desesperada por uma cura (Mateus 9:20-22). Jesus a curou também.
Os leprosos tinham que viver separados das comunidades. Enquanto eles tivessem a doença, eles tinham que viver sozinhos fora do convívio das pessoas (Levítico 13:46). E Jesus curou várias pessoas com lepra.
Você se lembra do Gadareno que vivia isolado em um cemitério (Marcos 5:1-20), o que Jesus fez depois que o libertou? Ele ordenou ao homem que voltasse para a sua família.
O próprio Jesus se sentiu isolado quando esteve na cruz (Mateus 27:45-46), isso foi necessário é claro, e para o nosso bem, mas por pouco tempo, logo depois Ele ressuscitou.
Ele sentiu a dor do isolamento e não quer que ninguém tenha que sentir isso. Então Ele disse:
Estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28:20)