Os dois tipos de pessoas que recebem Jesus em suas vidas. (Parte 2, o amor sincero de uma pecadora).
Tendo sido convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se, como era o costume, junto à mesa. (Luc 7:36). Este versículo faz parte de uma passagem onde uma mulher pecadora é absorvida de seus pecados. Mas aqui também vemos dois tipos de pessoas que recebem Jesus em sua vida. E como era antes, hoje ainda vemos estes dois tipos de pessoas.
Já dissertamos sobre o fariseu, e agora vamos tratar da pecadora dona de um sincero amor. Muito se tem escrito a respeito da identidade dessa mulher. Foi desta passagem que um ortodoxo disse que era Maria Madalena, mas na realidade, não há qualquer confirmação bíblica que comprove isso. Os primeiros pais da igreja não dizem nada sobre sua identificação. Pelo contrário, Orígenes discutiu a possibilidade de ter sido Maria Madalena, e a rejeitou. Ambrósio, Jerônimo e Agostinho descartaram tais alegações.
Ou seja, o termo pecadora era comumente usado para aqueles que viviam solto pelo mundo. Provavelmente a mulher tinha visto em Jesus um mestre que a levantaria e daria um rumo certo para sua vida. todas as mulheres hebreias, levava em torno do pescoço um pequeno frasco de alabastro cheio de um caro perfume concentrado. E foi o que ela derramou sobre os pés de Jesus.
Porque era tudo o que ela tinha materialmente para oferecer. E mais, ela chorou e caiu a seus pés. Naquela época para uma mulher hebreia aparecer com o cabelo solto era um ato de grave falta de modéstia. Ao casar-se a jovem atava o cabelo e jamais voltaria a aparecer com ele solto novamente. O fato interessante e belo é que esta mulher ao soltar o cabelo em público demonstrou que não se importava com o que os outros pensaria dela, ela somente queria saber o que Jesus pensava sobre ela.
Eis a verdadeira demonstração de arrependimento e de entrega ao vivo amor, pois quando alguém realmente decide por seguir o vivo amor já não se faz importante o que pensem ou o que falem de nós. O que realmente nos importa é como somos vistos por este amor sempiternal.
E por fim aqui fica visto os dois tipos de pessoas e as duas maneiras de ação e reação que o ser humano tem diante do amor de Cristo. Vemos Simão que estava consciente de que não necessitava de nada e, portanto, não sentia amor. A impressão que tinha de si mesmo era que se tratava de uma pessoa boa e completa aos olhos de Deus e dos homens.
Em segundo vemos a mulher que tinha consciência de seu estado e de suas necessidades, e, portanto, estava cheia de amor por aquele que podia dar um rumo a sua vida, e ela recebeu o gracioso perdão e a vida que só o vivo amor pode dar.
E isto serve para que tenhamos em mente o seguinte; a autossuficiência fecha a porta entre o ser humano e o amor do Pai. E mais, o interessante é, que quanto mais nos autoconhecemos, mais entendemos o quanto erramos e pecamos. Paulo dizia: Esta declaração é fiel e digna de plena aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. (1Tm 1:15). E, é certo dizer que o maior dos erros é não estar consciente dos nossos pecados. Mas quando nos autoavaliamos vemos a necessidade de abrir as portas do nosso coração a Deus, porque Deus é amor, e a maior glória do amor é que precisamos dele.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).