Sobre a verdadeira religião
Em sua essência, a religião consiste no olhar humano direcionado a uma perspectiva existencial, de reflexão sobre quem somos, de onde viemos, onde estamos, para "onde" iremos e o que devemos priorizar em nossas vidas.
Essa é a sua intenção original, de responder essas perguntas e viver a partir das respostas ou verdades que forem encontradas.
No entanto, desde os tempos pré históricos que os seres humanos não têm buscado respondê-las de maneira objetiva e honesta, pelo contrário, pois têm preferido inventar e acreditar em explicações fantasiosas que estão de acordo com as suas perspectivas antropocêntricas e que, portanto, lhes soem mais agradáveis do que realistas. Por exemplo, de que, depois da morte, viveremos para sempre, ao invés de considerar seriamente a possibilidade mais lógica, de sermos criaturas finitas.
A verdadeira religião, portanto, não é sobre acreditar em algo baseado apenas na fé, mas de buscar por suas verdades (existenciais ou absolutas) e de viver a partir delas. A verdadeira religião não é uma crença, mas uma iluminação, uma compreensão profunda sobre a realidade da existência, sobre a finitude, a igualdade e a singularidade da vida. Então, se guiados por ela, passamos a valorizar a vida como o bem mais precioso[não apenas a humana].
Proposta
Pois foi com base nesse pensamento e, também, sobre a etimologia da palavra religião, que remete mais à doutrina do que ao conhecimento, que resolvi propor pela validação de um novo termo para se referir à essa religião, que não se desvia de sua intenção original, que está em comunhão e não em antagonismo com a inteligência: a Inteligião.