Muitos serão chamados, mas poucos entenderão o valor do amor. (Parte 3)
Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. (Mat 20:16). Este versículo encerra uma série de ensinamentos gráficos que Jesus dá aos seus discípulos. Jesus chama atenção de que não importa a idade ou tempo no qual optamos por caminhar em direção do reino de Deus, pois seremos queridos e amados igualmente.
Hoje após a milhares de anos passados dos ensinos originais desta parábola, quando a lemos, vemos que ela nos ensina algo de valor para a vida. Não há dúvida de que ela leva consigo um vivo alento de Deus. Ou seja, ela diz que não importa o tempo que entre o ser humano ao reino, mais cedo ou mais tarde, no ardor da juventude, no vigor da maturidade ou quando as sombras se alargam, Deus nos ama igualmente.
Hoje em dia vemos que algumas igrejas valorizam os jovens, e outras aos mais maduros, pois a economia humana vive presa ao tempo. E mais, por pensarem assim festejam quando um jovem se converte, e não fazem o mesmo quando um ancião se converte. Mas O Pai está além do tempo, e o que importa para Ele é o empenho e não a duração temporária do caminhar em Cristo.
Os rabinos costumavam dizer: "Alguns entram no reino em uma hora, outros entram em toda uma vida, mas é o empenho de cada um que será valorizado." Na imagem da Cidade Santa do Apocalipse há doze portas, (Apo 21:13). Além de sinalizar de todas as partes do mundo, elas também simbolizam o tempo de vida. Pois há portas no lado Este que é a direção da aurora pela qual pode entrar a pessoa, na alegre manhã de sua vida; e há portas no Oeste que é a direção do Sol poente pelas quais pode entrar as pessoa que já avançou em anos.
Não importa em que momento a pessoa se aproxime de Cristo, é igualmente querido para Ele. E ainda há um, porém, às vezes um ser humano morre com muitos anos e cheio de honras quando terminou sua tarefa, e cumpriu o seu trabalho. Às vezes se vai um jovem, quase antes de se abrirem as portas da vida e de sua realização pessoal.
Mas o que entendemos aqui é, que ao deixarmos de lado os eitos, preceitos e preconceitos veremos que ambos receberão as mesmas boas-vindas da parte de Deus. Cristo está esperando a ambos, pois para Ele nenhum dos dois terminou sua vida muito cedo ou muito tarde.
Então cabe a cada um de nós limparmos os nossos olhos do preconceitos e abrimos o nosso entendimento e o nosso coração para o amor do Pai. E recebermos a todos com o mesmo entusiasmo e com o mesmo amor que o Pai nos recebeu. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).