Na dura lida da vida apreendemos e aprendemos mais sobre o amor do Pai.
E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar (2Co 12:7). Este versículo faz parte de uma passagem onde Paulo fala algo sobre a excelência das visões que o guiava no caminho de Cristo.
Ele aqui fala de um espinho que o feria e mostrava a sua fraqueza, Paulo fala sobre satanás que em hebraico (שטן satan), e no grego Satan (σαταν), esta palavra nos dois idiomas tem um significado interessante pois entre outros significados tem o de um opositor interior.
Paulo fala algo sobre a luta que todos enfrentamos: Porquanto a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis. (Gál 5:17): Pois não compreendo meu próprio modo de agir; porquanto o que quero, isso não faço; entretanto, o que detesto, isso me entrego a fazer. (Rom 7:15). E Jesus nos alerta: Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca”. (Mat 26:41).
Paulo fala sobre o espinho que lhe causa dor. A palavra do grego para espinho é skolops (σκολοψ), A mesma palavra que significa espinho ou estaca ela nos remete aos empalamentos onde havia uma dor quase selvagem. A imagem que temos diante de nós é um quadro de sofrimento físico. Ou seja, qualquer que fosse o aguilhão era intermitente, porque às vezes prostrava a Paulo, mas nem isso o separava totalmente de sua tarefa.
E deixando de lado as várias teorias sobre o espinho que afligia Paulo, nos centremos na capacidade que ele tinha em se manter firme na fé. E jamais abandonou a sua tarefa de levar os ensinamentos transformadores de Cristo. Mesmo com uma dor física quase incapacitante e as calunias e as condenações daqueles que o rodeava, ele seguia em frente no bom combate. A beleza daquele que entende quem é, e sabe em quem acredita, é que nem a dor nem as calunias pode parar a nossa tarefa.
Paulo orou por três vezes, mas o Senhor lhe respondeu: Entretanto, Ele me declarou: “A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2Co 12:9). A viva verdade é, que a graça que tudo pode fazia com que Paulo suportasse a dor e não se preocupasse com o que os outros pensavam sobre ele, mas pelo que Deus sabia sobre ele.
A glória da vida é que quando nos autoconhecemos e encontramos as nossas fraquezas a graça maravilhosa, nos capacita e nos corrige e nos transforma aos moldes e semelhança do Pai. E sendo assim nem as dores, nem as calunias nos tirarão do bom combate e nem do caminho do amor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).