Muitos serão chamados, mas poucos entenderão o valor do amor. (Parte 2)
Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. (Mat 20:16). Este versículo encerra uma série de ensinamentos gráficos que Jesus dá aos seus discípulos. Jesus chama atenção para aquele que estando com Ele carrega dentro de si os sentimentos de soberbia e de orgulho.
Quanto mais nos aprofundamos no estudo desta resposta mais conhecemos a vontade do Pai. Aqui também vemos que há uma clara advertência ao povo escolhido. Povo que seus antepassados viram os milagres e os alertas de um Amoroso Pai. Mas com o passar do tempo invés de serem luz para o mundo se perderam na escuridão de suas ambições e de seus egoísmos.
Este povo tinha consciência que era o povo eleito, mas invés de entender que ser escolhido pelo Misericordioso Amor, traz consigo o dever de agir com amor e misericórdia para com o próximo, sem distinção de classes ou de etnias. E tristemente este, desprezavam os gentios. Os chamavam de cães e os odiavam, desprezavam-nos, e não esperavam mais que sua destruição. E quando aceitavam adeptos gentios os tratavam como uma subespécie.
Alguém em algum tempo atrás disse: "Na economia de Deus, não existe e em suas escrituras não há uma cláusula de nação mais favorecida. Jesus o Cristo demonstra em verdade e vida que o Pai desconhece por completo o conceito de uma raça superior. Mas sim aquele que vigia o seu interior e em oração pede para o Espírito transformá-lo, na forma e na medida de seu fruto.
E tristemente ainda vemos hoje no seio das igrejas muitos de nós que não sabem receber aquele que vem em busca de amor e misericórdia. Tratamos com indiferença como um fardo pesado. Vemos somente o defeito alheio, e em nosso tribunal mental o acusamos, o julgamos e o executamos. E agindo assim não coadunamos com os ensinamentos de Cristo, e o que era para ser luz se torna trevas.
Aqui entendemos que não há escolhidos, mas sim uma grande promessa para aquele que se auto-observando conhece a si mesmo e o quanto é falho. E fazendo isso aprende e apreende quem é O Pai. Pois quando entendemos quem somos entendemos que jamais devemos julgar o próximo, mas sim acudi-lo em suas dores e necessidades. “Eis o que é misericórdia quer e não holocaustos.”
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).