Jesus não pede que abramos os palácios, mas sim os nossos corações.
Ide à aldeia que está defronte de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela; desprendei- a e trazei-os. E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor precisa deles; e logo os enviará. (Mat 21:2-3). Estes versículos fazem parte da entrada triunfal de Jesus, passagem que está ligada ao Domingo de Ramos.
Estudando esta passagem me vem a mente um ocorrido que eu vivenciei. Estava cursando teologia e foi citado a passagem na qual Paulo vem ao chão, (Atos 9:5). Todos da sala disseram que Paulo havia caído de um cavalo, mas eu com minha boca grande disse: “Que Paulo estava pé e se Paulo estava montado em algum animal seria um jegue”. Risos aos montes e nem me deixaram explicar.
Hoje após anos de estudos ainda tenho a mesma opinião, pois Paulo apesar de ter cidadania romana tinha que agir de acordo como os locais que eram proibidos de montar a cavalo. No ocidente o asno é um animal desprezível, mas no Oriente era um animal nobre. Os reis e os rabinos estavam acostumados a cavalgar sobre asnos, mas quando o faziam sempre significava que chegavam em tom de paz. O cavalo era sinal de guerra, o asno de paz.
Voltando ao estudo, Jesus veio montado num jegue que não tinha sido montado por ninguém. E ao montá-lo Jesus afirmou que era rei, mas que era O Rei da paz. Demonstrou que não devia destroçar, e sim amar; não a condenar, e sim ajudar; não com o poder das armas, e sim com a força do amor.
De maneira que aqui aprendemos três coisas; jamais é tarde para aprender algo novo; segundo nesta cena vemos a coragem de Jesus, ao demonstrar a sua realeza; e por fim vemos o vivo chamado aos seres humanos para que lhe abrissem, não seus palácios, mas sim seus corações. Pois Jesus foi e é o Rei do amor e da paz. Que o amor de Cristo seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).