Eu tinha 13 anos quando minha família decidiu ir à praia. Quando cheguei e vi aquela imensidão de água, fiquei fascinada. Foi um experiência maravilhosa. Eu até sabia nadar, mas fiquei apenas no “raso”, observando que outras pessoas se arriscavam indo mais a fundo e não apenas nadando, mas usando barcos e aparelhos de mergulho. Meu tio me convidou para ir um pouco além da margem, mas eu usei a desculpa de não saber nadar, porém a verdade é que eu não queria me arriscar...
Depois de algum tempo, estudando a Palavra deparei-me com a passagem de Ezequiel 47 onde o profeta narra a história da fonte prodigiosa do templo que jorrava água que levaria vida ao Mar Morto. A história conta: "um homem mediu mil côvados e fez [Ezequiel] entrar no rio com a água que dava no tornozelo. Depois mediu mil côvados e água chegou ao joelho. Depois mediu mil côvados e água chegou à cintura. Depois mediu mil côvados e água ficou profunda e só podia atravessar a nado".
A nossa vida cristã é assim também. Quando conhecemos a Deus e começamos o nosso relacionamento com Ele, o que nos acomete primeiramente é um encantamento. Tudo é novo, maravilhoso, mas nos mantemos na margem. E é assim mesmo que começa; a vida cristã é gradual, avançamos etapas, vencemos desafios. O problema é quando nos acostumamos com a comodidade da margem. Ezequiel não ficou como eu, observando as água, ele se atreveu a avançar cada vez mais.
É como Paulo revela: “Contudo, seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente”. Filipenses 3:16
Não importa o quanto já conheci de Deus, eu preciso ir além. E perdemos muitos quando nos acostumamos com a vida que levamos e não buscamos crescer. C. S. Lewis fala que “existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás”.
Depois do encantamento é necessário ir à luta, aprender mais. Eu não fui mais a fundo ao mar, usando da desculpa que não sabia nadar, mas com Deus não dá para usar desculpas. Ele nos oferece os equipamentos necessários para ir além: Oração, a Bíblia, a Igreja, entre outros.
E aí? Qual será sua próxima desculpa para não mergulhar de cabeça no seu relacionando com Deus?