O grande erro do Papa João XXIII

O Papa João XXIII pretendeu que o Concílio Vaticano II fosse ecumênico.

Com esse propósito, o pontífice convidou observadores de todos os cultos, inclusive obviamente da Igreja Ortodoxa russa que era pró-Comunismo.

Para concordar em enviar observadores para Roma, aquela Igreja impôs como condição que durante o Concílio não fosse feita nenhuma condenação ao Comunismo.

Pouco antes do início da Magna Assembleia, que se iniciou em Outubro de 1962, na residência do Padre Lagarde, capelão do convento das Pequenas Irmãs dos Pobres, situado em Borny, bairro periférico de Metz, pequena cidade francesa, efetuou-se um encontro sigiloso entre duas altas personalidades que ficou conhecido como Pacto de Metz.

Nesse encontro, no qual compareceram o Cardeal Tisserant e o arcebispo Nikodin, representante do Kremlin, foi acertado que este levaria o convite a Moscou com a garantia do caráter “apolítico” do Concílio.

Historicamente a doutrina Católica sempre condenou enfaticamente o Comunismo, no entanto, naquele evento o Papa, inocentemente ou não, abriu as portas para que o Marxismo entrasse na Igreja.

Temos que nos perguntar o que existe de “político” em se condenar um regime que matou cerca de 100 milhões de pessoas inocentes durante o Século XX?

Essa condenação é uma atitude essencialmente humana e consequentemente cristã.

Vemos que através de um singelo jogo de palavras o Papa João XXIII caiu numa armadilha que mudou a história posterior da Igreja Católica.

E essa mudança continuou ainda durante a realização do Concílio, num outro episódio que tomou o nome de Pacto das Catacumbas.

Nesse “pacto” foi redigido e assinado um documento por quarenta padres participantes do Concílio, entre eles muitos bispos latino-americanos e brasileiros, no dia 16 de novembro de 1965, pouco antes da conclusão do Concílio. Este documento foi firmado após a eucaristia na Catacumba de Domitila.

Um dos proponentes do pacto foi Dom Hélder Câmara.

O documento de 13 itens ali assinado, influenciou a consolidação da Teologia da Libertação.

Sabemos muito bem que Cristianismo e Marxismo são totalmente incompatíveis e que, portanto, este não poderia ser tolerado dentro da Igreja.

Contudo, a partir desse erro histórico, as condenações que eventualmente a Igreja Católica tenha feito ao Comunismo, inclusive que expulsão de alguns membros, passou a ter um caráter de “da boca para fora” porque os marxistas estão muito ativos dentro dela.

Se o Vaticano não tomar a iniciativa de ter tolerância zero e simplesmente expulsar os marxistas, num prazo curto teremos a consolidação de mais um instrumento do Grande Mal.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 11/01/2022
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