Em Cristos somos concidadãos em amor e verdade.

Portanto, não sois mais estrangeiros, nem imigrantes; pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular desse alicerce. (Efes 2:19-20). Estes versículos fazem parte da dissertação que Paulo faz aos novos conversos. Ele chama os atenção para que todos se sintam em sua casa, pois a igreja é a casa do Pai.

Paulo usa a palavra xenos (ξενος), para estrangeiros. Em cada cidade grega haviam por falta de outra palavra vilas cuja vida não era fácil. Numa certa feita um forasteiro escreveu de uma cidade estranha: "É melhor que fiquem em seus lares, sejam como forem, antes que ir a terra estranha". Pois os estrangeiro era olhado sempre com suspeita e antipatia.

Paulo usa a palavra paroikos para peregrinos. O paroikos já deu um passo adiante com respeito ao anterior. Era um estrangeiro residente; uma pessoa que se tinha radicado num lugar sem chegar nunca a fazer-se cidadão naturalizado. Tinha que pagar um imposto pelo privilégio de viver num país que não era o próprio. Podia permanecer ali e trabalhar, mas era um estranho e forasteiro cujo lar estava em outra parte. Tanto o xenos como o paroikos tinham dificuldades onde se encontrassem; pois viviam a margem da sociedade.

Tudo isso foi dito para que entendamos que na Igreja tem que ser diferente. Paulo diz aos gentios: " Na Igreja vocês são verdadeiros cidadãos da sociedade de Deus. Vocês são membros plenos da família de Deus. E tem seu lugar de honra". Pois Cristo deixou seu lugar firmado não como um fora da sociedade, mas sim como um filho que volta ao seu lar antigo.

Paulo diz que cada converso era uma parte da Igreja e que cada novo cristão como uma pedra posta no edifício da Igreja. Sendo a pedra angular de toda a Igreja O Cristo Jesus; e se a caso tirar a pedra angular, todo arco desmorona e a Igreja cai em escombros; a pedra angular é a que mantém todos juntos e bem consolidado.

A Igreja tem que ser assim. Sua unidade não provém somente da organização, de ritos, rituais ou liturgia, mas sim de Cristo. A frase latina “ubi Christus ibi Ecclesia”, expressa justamente que onde está Cristo ali está a Igreja. A Igreja só viverá sua unidade quando seus membros e líderes compreenderem, que não deve seguir os ismos e istas, que nascem de dois versículos e nem difundir o ponto de vista de nenhuma organização humana.

A Igreja é para ser o lar e a morada onde habite o Espírito de Cristo e onde todos os que amam a Cristo possam encontrar-se nesse Espírito. E com esse Espírito espalhar o amor de Cristo em todos os lares e a todos os seres sem distinção. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).