Duas da tarde, horário em que eu frequentava a academia todos os dias. O instrutor acabara de citar quantas séries do exercício eu deveria fazer e enquanto realizava as repetições me surpreendeu com a seguinte indagação: “ O que te causa tanta preocupação? “
Meus olhos se arregalaram e por um minuto pensei em desconversar. Falhei. Meu olhar perdido não o enganou.
Acabei citando uma lista de “tarefas”. A maioria delas, inclusive, hoje soam como piada. E ele educadamente respondeu: “Se você não aproveitar o treino, também vai se preocupar depois”.
O silêncio tomou conta do ambiente e a garota, que sempre tinha uma resposta para tudo, não ousou quebrá-lo.
Seis anos se passaram e ao retornar a academia me peguei pensando, mais uma vez, em coisas que são “essenciais”.
Num intervalo de inquietações lembrei do que o instrutor disse naquela tarde de 2015. Recordei que as coisas que eu me preocupava na época tinham prazo de validade.
Venceram.
Me confrontei. Por que as de hoje não teriam também? Engavetei meus receios e foquei no término do treino.
Ao chegar em casa os tirei da gaveta e fui pesquisar sobre este assunto que está tão presente em nossas rotinas.
Para minha surpresa, achei um artigo que falava sobre um estudo realizado na Pennsylvania State University, o qual afirma que 91% das nossas preocupações não se concretizam.
Nenhuma preocupação vale tanta dedicação.
Muita energia que poderia ser utilizada para realizar tarefas se perde enquanto fazemos uma pela metade e nos dispersamos com coisas que geralmente não acontecem.
Apesar de não valerem nada, as preocupações tem sido pagas com preços exorbitantes de energia mental. Confronte esses valores.
“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.” Mateus 6:34