JESUS REPROVA A AVAREZA
Avareza é o apego demasiado e sórdido ao dinheiro. É o desejo ardente de acumular riqueza. Avareza é a falta de generosidade, é a mesquinhez, a sovinice, a insignificância e miserabilidade.
No Evangelho de Lucas, precisamente no capítulo doze, Jesus cita uma parábola, onde conta a história de um homem rico, cujo interesse maior seria ter próximo a si mesmo, seus bens materiais.
O rico dessa história, só pensava em acumular riquezas; e para demonstrar ainda mais o seu elevado grau de avareza, depois de reconstruir e ampliar seus celeiros para armazenar a abundância de sua produção, convida sua alma para comer os produtos ali depositados, uma atitude exótica, absolutamente estranha, que levou Jesus com muita precisão, chamá-lo de louco.
E era um homem louco mesmo! Quem já viu tal coisa? Quem já ouviu falar que alguém tenha convidado a sua alma para comer, beber, regalar-se e folgar-se?
A ideia daquele louco era que a sua alma passasse muito tempo comendo os produtos abundantes que abarrotavam seus depósitos, reconstruídos e ampliados para armazenar o máximo que pudesse.
É, mas, a loucura desse homem durou pouco! Tão logo chegou à noite aquele cidadão morreu! E agora?
Quem iria usufruir de seus bens? Quem iria usufruir toda a sua produção armazenada? Logicamente, quem não trabalhou, isto é, quem não gastou nada para produzir e nem para construir armazéns.
Alguém poderia dizer: sua família, sua mulher e seus filhos, tomariam posse de seus bens. Geralmente, pessoas avarentas, que se apegam as suas riquezas, aos seus bens materiais, não constituem família para não ter despesas com ela. O seu maior prazer é ver e está próximo de seu patrimônio.
Jesus mostrou na parábola que a vida é muito mais importante do que o acúmulo de riquezas, ou seja, a vida é mais importante que bens materiais. O homem precisa ter comunhão com Deus; para isso, precisa se desprender dos bens materiais. Desprender, nesse caso, não é lançar fora seu patrimônio ou seus bens, de qualquer jeito. É não se envolver a tal ponto que não exista nada mais importante para ele que seus bens. A recomendação é que devemos amar a Deus acima de todas as coisas.
No nosso entendimento, não é errado o homem prosperar e acumular riquezas, o erro está em apegar-se a tais riquezas, a tais bens, e esquecer-se de Deus. Como disse o próprio Jesus: “que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perda a sua alma?” (Mc. 8: 36).
Fica subentendido que, a vida vale mais que todas as riquezas do mundo. A vida mundana, baseada em riqueza, posição, poder e fama, que são transitórios, não tem valor algum; porque os bens, muitas vezes, desaparecem antes mesmo de sua morte, então não tem mesmo, valor algum, tais riquezas.
Percebemos, no caso do rico da parábola contada por Jesus, que seus celeiros, seus armazéns estavam abarrotados de sua produção, bens matérias e perecíveis, entretanto, sua alma estava vazia! Vazia de Deus; vazia de confiança e de sensatez. Aquele fazendeiro cheio de ego, valorizando seus bens, na sua avareza convidava sua alma para passar muitos dias comendo aquilo que ele tinha em depósito.
Não seria isso um insulto ao criador? Ao dono da vida? A única resposta que temos para essas indagações é o que disse Jesus: “e o que tens preparado para quem será”? (Lc. 12: 20).
É bom lembrar, que o dono da vida pode atender nossas ansiedades, porém, nossos desejos, nem sempre, pois a única riqueza duradora e que vale apena é possuir Deus.
‘”E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou”. (Jo.17: 3).