Amparando aquele que escorrega. (versão II)

Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vós que sois espirituais, deveis restaurar essa pessoa com espírito de humildade. Todavia, cuida de ti mesmo, para que não sejas igualmente tentado. (Gál 6:1). Já naquela época Paulo conhecia e convivia com o problema dos santos em si mesmo. Ou seja, de juízes dum tribunal para o qual não foram eleitos. Que estavam prontos a julgar o próximo diante de parâmetros criados pelos seus eitos, preceitos e preconceitos que fiam fora do que Cristo Jesus nos ensinou.

Todos nós devemos ter gravado em nossos corações que até o melhor dos Cristãos pode dar um tropeção. E que o verdadeiro Cristão tem em mãos a taça da misericórdia e jamais o martelo do juiz, ou o machado do verdugo. A palavra que Paulo usa aqui é: (παράπτωμα), Paraptoma. Que traz consigo o significado de: cometer um lapso, um desvio

O que Paulo alerta aqui é para aquela pessoa que prima pela fé fanática, mas se esquece da misericórdia e do amor, o fato é que esta é uma pessoa boa, mas é alguém a quem não se pode ir em busca de desabafo ou relatar um fracasso, defeitos ou enganos, pois o receberia com uma fria antipatia. E Paulo ensina aqui que o cristão verdadeiro tem o dever de ajudar a se levantar aquele que dá um tropeção, amparar aquele que escorrega.

A segunda palavra é corrigir ou restaurar de acordo com algumas traduções; no grego está palavra é: (καταρτίζ), katartizo, que significa: Pôr em sua condição adequada, ou seja, pôr em condições ou em pé a pessoa após o ocorrido lapso, segundo os linguistas esta palavra também era usada para o trabalho do cirurgião que remove algum tumor do corpo ou engessa um membro quebrado.

Sendo assim entendemos que o apóstolo não põe ênfase no castigo, mas na cura; a correção não se pensa como a dura punição, mas sim como emenda. Aqui entendemos que é o nosso dever cuidar e zelar pelo melhor e pelo bem-estar do próximo, e que o erro do irmão nos dá a oportunidade de praticarmos a misericórdia e de praticar o amor que Cristo Jesus nos ensinou de forma vívida e vivida.

E ainda mais, diante do ocorrido temos a oportunidade de nos autoavaliar e de pôr em pratica a humildade e dizer: “Se não fosse pela graça de Deus, e o trabalho do Espírito eu estaria na mesma situação.” Pois se assim não o fizermos corremos o risco de ao tentar punir o erro de outrem, incorrermos em um erro muito pior que é a falta de compaixão que nos distancia da longanimidade uma das características do fruto do Espírito. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 07/12/2021
Reeditado em 07/12/2021
Código do texto: T7401783
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