Jesus sempre nos ensinou a sentir bem e melhor.

Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. (Luc 10:21). Este versículo faz parte da narrativa da volta dos setenta e dois enviados.

Aqui vemos a alegria que Jesus expressa ao ver o bem-sucedido ato da misericórdia em movimento. Aqui como já foi dito em outro estudo vemos que Jesus sempre nos ensinou a sentir a vida. Ao contrário de muitos ortodoxos que vive de cara sisuda para mostrar santidade, fugindo do sentir, Jesus sempre nos ensinou a sentir mais e melhor.

O versículo nos fala a respeito da sabedoria e da alegria na simplicidade. A mente singela pode receber verdades que a mente culta não pode. Uma coisa é certa quando vemos o mundo com o coração aberto e limpo, conseguimos ver a beleza que nos rodeia. Mas se a malicia e a maldade permeia o nosso visar tudo terá um quê de ruim ou de desconfiança.

É possível ser muito inteligente, erudito, e culto que no final deixamos de ver e sentir do bosque as árvores e seus perfumes. E se achar tão bom, ou estar tão perdido em sua própria importância, que deixaremos de ver as belezas das coisas simples da vida. Alguém disse que a melhor prova de um verdadeiro erudito é o quanto ele é capaz de dar valor ao que, e a quem lhe rodeia e de esquecer das coisas ruins passadas.

E acima de tudo, devemos recordar sempre que ser cristão não está em conhecer todas as teorias sobre o Novo Testamento; menos ainda conhecer todas as teologias e cristologias criadas pelos seres humanos. Até porque ser cristão não significa saber teoricamente a respeito de Cristo, mas sim, significa conhecer e viver o Cristo.

E isso não acontece somente com o saber terrestre, e sim com a viva união do saber terrestre e da graciosa sabedoria celestial. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).