O amor nos mostra que é o ser humano que deve cuidar do ser humano.

Declarou-lhe o advogado da Lei: “O que teve misericórdia para com ele!” Ao que Jesus lhe exortou: “Vai e procede tu de maneira semelhante”. (Luc 10:37). Este versículo finda a parábola mais comentada e pouco entendida onde Jesus nos ensina que quem deve cuidar do bem-estar humano somos nós seres humanos. A parábola é a do bom samaritanos. (ler também; Lucas 10:25-37).

Quando lemos está parábola com a mente aberta ao entendimento, livre dos eitos, preceitos e preconceitos entendemos a verdadeira missão que o ser humano tem enquanto seguidor de Cristo Jesus.

Ao lermos a parábola veremos que o samaritano era uma pessoa idônea embora não fosse uma pessoa bem aceita pelos religiosos devido a não seguir certos preceitos deles. Mas o dono da hospedaria confiava e lhe dava crédito, pois estava disposto a receber depois do serviço feito.

Ele, se dispôs a ajudar e a cobrir o gasto daquele que necessitava, mesmo que este não tenha solicitado a ajuda, ou viesse a retribuir. ou seja, mesmo não seguindo os preceitos religiosos do necessitado, o ajudou. E o fez por amor o amor de Deus que estava em seu coração. O triste é que ainda hoje muitos de nós e a maioria dos ortodoxos estão mais interessados em seus dogmas do que na ajuda.

Aqui também podemos considerar que o ensino desta parábola, chama a atenção do advogado, pois foi ele quem fez a pergunta e estava muito atento. E Jesus lhe perguntou o que era que estava escrito na lei, e depois lhe disse: "Como lês?" Os judeus ortodoxos estritos levavam ao redor dos pulsos uma pequena caixa de couro chamada filactério, que continha certas passagens das Escrituras: “Êxodo 13:1-10; 11-16; Deuteronômio 6:3-9;11:13-20; e a isso os escribas acrescentavam Levítico 19:18. Parafraseando o que disse Jesus: Olhe o filactério de seu pulso e encontrará a resposta.

Mas o problema de antes é o mesmo de agora, pois o versículo de levíticos diz: Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR. (Lev 19:18). Eles pensavam que o próximo era somente aquele que compartilhava de seus dogmas, pensamentos e ideais.

No final seremos julgados não pelo credo que sustentamos, mas sim por nossas vidas. Ainda hoje vemos isso acontecer. Mas aqueles que o fazem não seguem a Cristo e ao amor de Deus.

E finalmente vemos que a resposta de Jesus envolve três coisas:

1 – Devemos ajudar a outros embora eles sejam os causadores de sua tribulações, ou que tenham culpa do que lhes aconteceu. Pois não somos juízes, mas sim ajudadores.

2 – A ajuda deve ser a qualquer pessoa de qualquer nação, religião ou ideologias. Pois quem está em necessidade é nosso próximo. E a nossa ajuda deve ser tão ampla quanto ao amor de Deus.

3 – A ajuda deve ser prática e concreta, e não deve consistir simplesmente em sentir pena da pessoa. É comum vermos muitos de nós, que diante a necessidade alheia diz em bom tom: “Vou orar por você!”. A oração é importante e ela se faz necessária naquilo que humanamente se mostra impossível de resolver.

Sem dúvida o sacerdote e o levita sentiram pena pelo ferido, mas não fizeram nada. A compaixão, só é verdadeira e só se mostra misericordiosa quando vem acompanhada de atos e atitudes humanamente concretas. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).