Em que consiste a felicidade do Cristão?
Quando eu olho para a bíblia, mas especificamente para o novo testamento, não vejo os cristãos preocupados filosoficamente com as questões que envolvem o bem-estar terreno ou a felicidade propriamente dita. Eles não viviam pelas praças discutindo coisas do tipo: “Qual o sentido de nossa existência?”, “Quais os requisitos necessários para ser feliz?” ou, ainda, “Como viver uma vida de conquistas e realizações?”.
Não sei se você já percebeu, mas todas essas indagações que citei hoje fazem parte do imaginário das pessoas. E por incrível que pareça elas se apresentam como prioridades, fazendo com que eles vivam em função daquilo que Pedro chamou de “coisas desta vida.” Tudo o que eles querem é se sentirem bem, aflorarem as emoções mais felizes e fugirem de toda e qualquer ameaça de angústias e sofrimentos.
Nada há de errado em buscar a felicidade, aliás, é impossível evitar este anseio que tão fortemente foi arraigado por Deus em nosso coração. Não há como viver desvinculado da necessidade de encontrar o prazer e a satisfação, bem como de fazer com que eles sejam cada vez mais perenes. No entanto, esse frenesi acaba se tornando um equívoco quando não se tem um norte, uma luz, um sistema que funcione como marco de orientação, a fim de que essa busca não seja inconsequente.
Os cristãos possuem esse norte. Eles não viviam e nem vivem a inquirir onde está a felicidade porque em si mesmos possuem tudo o que necessitam para viver. A bíblia sagrada coloca Deus como a suficiência do Cristão, de modo que quem pela fé vive uma relação pessoal com Deus não vive sufocado pelas incógnitas que oprimem o coração humano. Deus é a resposta para tudo. Deus é, portanto, o centro e a circunferência da vida cristã. Não foi em vão que o salmista expressou da seguinte forma: o Senhor cuida de mim, e nada me deixa faltar. Essa confiança completa o cristão e o torna feliz e realizado.