Mesmo quando peca, o salvo não deixa de ser amado por Deus
Se Deus nos amou de “tal maneira”, conforme nos escreve o apóstolo João (3.16), que deu o seu próprio filho para morrer por nós, por que, então, de uma maneira tal e desconhecida ele nos deixaria de amar? Não existe ódio ou ira no mundo que possa superar este amor: um amor que doa-se a si mesmo pelo outro. Por que Deus nos deixaria de amar por causa de um pecado cometido como filho, e não nos rejeitou quando éramos pecadores? Faz sentido Deus deixar de te amar hoje por causa de um pecado, se ontem, por causa deste mesmo pecado, ele deu o seu próprio filho para morrer? É isso que Paulo quer dizer em Romanos 8.32: “Aquele que não poupou seu próprio filho, mas antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas, gratuitamente?” Deus não nos negou a porta de entrada de seu palácio, por que, agora, quer nos impedir de estar dentro dele? Seu próprio filho seria a única coisa possível de ser negada, porém, ele o deu. Ele não nos negou o seu amor quando ainda sequer perguntávamos por ele. Não deixará de nos amar agora depois que fomos justificados (Romanos 8.32). A justificação é um ato de Deus sobre nós e acontece uma única vez. De uma única vez para sempre fomos tornados justos em Cristo e já não estamos sujeitos à condenação. Como Deus pode deixar de amar pessoas que estão justificadas para sempre? Um outro argumento que pode aqui ser usado é o texto Hebreus 12.6, onde nos é dito que Deus corrige e educa aquele que ama e recebe por filho. Quem corrige e educa, a não ser aquele que ama? Ora, se nossos pecados fizessem com que Deus nos deixasse de amar, ele não nos corrigiria como a filhos, antes, lançar-nos-ia para fora da sua presença.