Da relação entre cristãos e ateus
Podemos distinguir, entre os nossos irmãos ateus, atitudes bem diferentes. Existem aqueles que por alguma razão, algum bloqueio, não conseguem acreditar em Deus e na vida eterna; todavia não se incomodam que haja quem acredite. Não há problemas de convivência. Aliás eu mesmo tenho um grande amigo que se declara ateu, o escritor de ficção científica Ronald Rahal, de quem revisei alguns livros.
Nós cristãos (falo especialmente como católico) não odiamos nem desprezamos nossos irmãos ateus, até porque o próprio Cristo nos ordenou amar até os nossos inimigos, coisa que os ateus nem são, a não ser que queiram. Nós amamos os ateus, até porque eles são nossos irmãos. E claro, rezamos por eles e esperamos que cheguem ao Céu, pois a Redenção foi por Jesus Cristo oferecida a toda a raça humana.
Infelizmente entre os ateus existe a militância ateista por vezes muito extremada, pessoas que parece não suportam a simples idéia da existência dos crentes, especialmente os cristãos e mais especialmente ainda, entre os cristãos, a Igreja Católica, sempre o principal alvo.
É um verdadeiro ódio, que se traduz em contínuos e obsessivos ataques desencadeados nos meios de comunicação, ataques até muito virulentos, que buscam mesmo nos desqualificar como pessoas, como se fossemos ignorantes, boçais e fanáticos. Isso embora entre os cristãos haja tanto amor à Ciência, Arte, Cultura, Educação e Literatura.
Esse ateismo militante chegou a propor nos Estados Unidos a extinção do Natal.
Como eu disse os cristãos por via de regra não odeiam os ateus mas os amam e rezam por eles, mesmo os que nos odeiam e perseguem (e que já causaram no mundo tanta matança de cristãos), porque o ódio não deve ser respondido com ódio e sim com amor. O ódio não é linguagem de cristãos. E é pela força desse amor que a Cristandade sobreviveu a tudo e jamais será destruída. Pois como disse Tertuliano, "o sangue dos mártires é semente de cristãos".