Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega. Tarso era uma cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus (Romanos 11:1; Filipenses 3:5; Atos 23:6).
O contentamento e a forma como o apóstolo Paulo tratava as pessoas demonstra que seu modelo de vida é Jesus Cristo.
Ao pensar nos impactos que sua vida causou, me recordo da cena em que diante de uma das circunstâncias mais desfavoráveis na jornada do apóstolo, já no final de sua carreira, ele anseia por aquilo que é básico:
"Quando vieres, traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos."
Desejar o básico em uma circunstância desfavorável é um excelente sinal de que Cristo é evidenciado em sua vida, obra e morte.
Ao pensar em Paulo devemos sempre trazer a mente que o maior ato de heroísmo que compete a um homem é dar a vida pelo seu Senhor, Paulo é um pequeno Cristo que não considera a própria vida preciosa para si mesmo, mas alguém disposto a ir até as últimas consequências para agradar o Mestre Jesus.
Em suma, se fosse possível usar o poder de síntese para falar do apóstolo Paulo, seria esse o texto central de sua jornada: "Contudo, nem por um momento considero a minha vida como valioso tesouro para mim mesmo, contanto que possa completar a missão e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus." Atos 20.24
Que em nossas vidas possamos resgatar essa mentalidade cristã que inundava a vida de Paulo, é preciso voltar a enfatizar que em Cristo nós vivemos, nos movemos e existimos.
O que faz de Paulo um herói da fé não é simplesmente uma vida consagrada a Deus, mas uma morte na convicção de que quer vivamos ou morramos somos do Senhor.