A INIMIGA DE CRISTO

A INIMIGA DE CRISTO

Carlos Roberto Martins de Souza

“Tal como o estalo de espinhos debaixo da panela, assim é o riso dos tolos. Isso também não faz sentido” - Eclesiastes 7:6 O lado espiritual do Brasil se deteriora tão rápido quanto a política do país, a igreja desce ladeira abaixo numa velocidade espantosa, atropelando conceitos espirituais, éticos e morais, tudo com um único objetivo, colocar a igreja dos crentes no centro do poder e da política. E aí está a desgraça, não há credibilidade nem na igreja, e muito menos nos pastores e líderes, todos se contaminaram ao mergulharem no mar de lamas, no pântano dos prostíbulos da política. Porque a igreja abandonou o padrão da igreja primitiva? Por que nossas igrejas estão lotadas de inconversos? Porque as igrejas descambaram para o mundanismo? Porque não há mais conversões como na igreja primitiva? Porque a igreja evangélica não corta o cordão umbilical com a política e com o poder? Porque os crentes de hoje não são cristãos? Porque a igreja abandonou o testemunho como padrão de vida? Porque a igreja deixou de ser uma "Agência do Reino" para ser uma "Agência Política"? Por que tantos milionários dominam a igreja? Porque tanta riqueza de pastores? Porque pastores dividem seus ministérios com outras atividades? Porque…? Eu poderia enumerar uma centena de perguntas intrigantes que merecem respostas por parte dos líderes e de seus seguidores, mas, as acima, se respondidas à luz da bíblia, podem desvendar os mistérios desta confusão que tomou conta do cristianismo no Brasil. Há anos venho questionando o comportamento e as práticas religiosas das tais "igrejas evangélicas", tenho acompanhado as aberrações e as agressões praticadas por este segmento contra a vida espiritual do povo. A lei diz que quem comete um crime é criminoso, no caso da igreja, há criminosos usando Deus para denegrir o cristianismo. E aí, esta matilha de lobos está transformando o "cristianismo" como o pior adversário do Evangelho, pois ninguém, nem eu que conheço bem a Bíblia, acredito no que estes segmentos pregam. E sou direto, pregam mentiras e vivem de mentiras, pois usam a Bíblia, mas não a vivem nas suas ações e atitudes. O "cristianismo evangélico" inviabilizou o Evangelho como testemunho universal, reduziu a fé a um negócio rentável e altamente dominante dos menos informados sobre a fé genuína em Cristo Jesus. Assim, é a Religião dos Cristãos o poder que mais cria antagonismo ao Evangelho entre os homens. O abandono do padrão primitivo foi uma estratégia mágica para inserir a igreja evangélica no mundo dos negócios duvidosos e contrários aos ensinos bíblicos, tudo milimetricamente estudado e pensado. E aí, banalizaram o cristianismo. Um dos perigos com consequências mais letais para a vida cristã é a banalização, mas poucos estão preocupados com isto, pois há interesses estranhos que ditam as regras na igreja evangélica. Banalizar é transformar valores em coisas triviais, é a vulgarização do que é importante e o esvaziamento das coisas significativas. O maior valor que é a verdade foi completamente abandonada, em seu lugar inseriram paliativos que atendem aos desejos dos mercenários que dominam as igrejas e as denominações. A nossa sociedade banaliza tudo o que pode, e nesta esteira, os evangélicos optaram por enveredar por este estranho caminho. A sociedade vulgariza a sexualidade, coisifica o corpo humano, faz comédia da tragédia, abranda as consequências dos atos criminosos e trata com leviandade, tanto a vida, como a morte. E o que fez a igreja? Adotou a mesma tática e prática, Deus se tornou um assistente de palco, um contra-regra que não manda em absolutamente nada. O que se percebe é que a atuação desses setores da igreja só é possível “traindo” a história de Jesus Cristo registrada na Bíblia, lá há coisas que não agradam aos crentes, pois vai de encontro aos desejos carnais que dominam o meio evangélico. A coisa é muito complicada, ser pastor hoje não é coisa difícil, qualquer um, inclusive marginais, podem se tornar em "homens de Deus". Banalizou-se a ordenação de pastores que nunca estudaram teologia, esses são, até hoje, os “escolhidos do Senhor” em igrejas familiares, que mais parecem negócio, que um centro de transformação espiritual. E aí eles inventaram os "Evangelásticos", gente que se esticam para qualquer lado e que estão prontos para jogarem pedras em qualquer um que questionar suas práticas e conceitos religiosos. No Brasil, que alardeiam ser cristão, os Barões Evangélicos são parceiros de projeto de Boçal Naro, não "Plantam Café", "Plantam Com a Fé", usam a espiritualidade para produzirem grãos podres, adubados com os piores conceitos de vida religiosa. A verdade é que o “evangelho” que temos pregado em nosso país tem contribuído para o inchaço de nossas congregações, levando-nos a impressão de que este evangelho fashion é que faz a diferença no mundo em que vivemos. E aí eu pergunto: Será que as “portas de entrada” de nossas igrejas não estão escancaradas demais? Será que transformar as entradas em portões de estádio é correto? Será que dar poderes a líderes de usar a igreja como material promocional é honesto? Será que baratear a graça é algo bíblico? Vivemos no tempo da graça barata, barateada e banalizada, tudo com objetivos materiais específicos e bem elaborados. Na verdade, um número incontável de “evangélicos” pode ser catalogados no rol dos falsos convertidos. Isso porque os seus testemunhos não condizem com sua fé, o que por si só nos fazem ruborizar de vergonha. Se não bastasse isso, é absolutamente perceptível a ausência de frutos e de arrependimento entre os chamados evangélicos, visto que a fé professada por esses não tem redundado em mudança de comportamento e vida. O saco e a farinha se misturam, são da mesma procedência. A graça virou desgraça, corrompeu todo mundo. A graça barata quer os holofotes, os aplausos, os palanques, os autógrafos, ser moda, ditar modismos, ser o sucesso, ser amante do poder. A graça barata, barateada e banalizada não olha para o recomeçar do Cristo Ressuscitado. Do padrão da cruz. Os "inimigos do povo de Deus" estão deixando almas serem levadas para o inferno aos milhares, pois usam mentiras para ludibriar a boa ou má fé das pessoas, a falsidade é latente, evangélicos permeiam os cartórios de protestos, as listas de SPC, as multas de trânsito, as sonegações… Camuflaram a política com as túnicas da cruz, e até transformaram um ridículo Deputado Federal num Messias evangélico, dando ao ignorante e espertalhão o título de "escolhido de Deus" para dirigir o Brasil. Pintaram o diabo com asas de anjos, mergulharam o Capetão num tanque de tinta guache branca e o elevaram ao grau de "anjo mor" das igrejas dos crentes. Quiseram fazer dele um Serafim, no entanto ele se transformou num "Será o Fim" de um cristianismo sério e salvistico, que um dia veio para redimir o homem de seus pecados. A igreja evangélica é, na verdade, uma assembleia de Satanás, tudo que vejo hoje dentro das igrejas, não passa de entretenimento, de passatempo para quem não quer se arriscar nas baladas do mundo. Apenas isto! O Jesus evangélico não salva, ele enriquece, dá cargo político, dá mordomias e atrai interesseiros e oportunistas. Duvido que algum evangélico lembre que tenha alma! Duvido! O Jesus evangélico salva conta bancária, salva empresas, salva mandatos, menos o mais importante, a alma. Aliás, salva alma sim, a alma do negócio! Estão esquecendo de dizer que só JESUS CRISTO SALVA, não estão pregando o evangelho da salvação, porque pensam eles: “não dá ibope”, pregam de tudo, até ativismo político, pois é o que o povo quer e deseja ouvir. Os pregadores de hoje, estão querendo dizer o que o povo quer ouvir, e não o que o povo precisa ouvir, estão pregando um evangelho barato, que muitas vezes sai caro mesmo para os seguidores deles. Transformaram a adoração no "Adora o Cão", o diabo... e façam tudo que ele mandar! Adoração é o tesouro perdido da igreja evangélica, pior perdido no deserto do Saara espiritual onde a seca impede que ele seja resgatado. Os crentes se tornaram marionetes de Boçal Naro, assim, usando táticas criminosas, pastores e líderes fizeram e ainda fazem ameaças aos fiéis, que por burrice, tanto cultural, quanto espiritual, aceitam passivamente que sejam usados para fins políticos pessoais. Ninguém pensa com a sua cabeça nas igrejas, mas com as dos seus líderes, gente de comportamento espiritual duvidoso, e de moral questionável no trato com a Palavra de Deus. Almas estão sendo sacrificadas nas fornalhas da imoralidade e da irresponsabilidade das lideranças que optaram pela política de Boçal Naro, em detrimento da pregação da verdade cristalina fundamentada na palavra de Deus, a Bíblia. A idolatria evangélica é notória, na sua extensão e na sua profundidade, há pastores que ostentam broches da Bandeira Nacional ou do presidente como um troféu, como um escudo de proteção contra os males da vida. É piada ver como estes senhores agem na intensão de intimidar seus rebanhos de bodes, parece até que eles carregam, pendurados nos seus pescoços, sinceros espirituais para guiar a boiada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento e política para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. Vendo a fragilidade e a falta de compromisso dos crentes, ele lançou no mercado técnicas e práticas que fazem bem ao homem que vive distante de Deus. Comida no prato não enche barriga, o que enche barriga é comida dentro dele, pois fora, é apenas acalento aos olhos, assim, líderes pregarem sermões bonitos que não vão transformar ninguém. Assim é que a igreja evangélica usa Deus, que aliás, nem imagina o que pode estar sendo feito em seu nome. Podemos dizer que, em nossa época, “Deus” está baratinho, e virou material de sobrevivência de milhares de espertalhões, e pior, pode ser vendido em qualquer esquina, basta que alguém resolva explorá-lo como se explora uma criança na rua ou uma mulher sexualmente. A cafetinagem de Deus tornou-se um excelente negócio. Diz-me o que fazes e como usa o teu Deus eu lhe direi quem és, sem errar. Se você tem compromisso com a fé que professa, quando um pastor ou um irmão vier falar de candidatura ou de candidato, ajude-o a lembrar para qual propósito Deus o escolheu. Mostre a ele, usando a Bíblia, que a missão do cristão não é salvar partidos, mas almas. Não é pregar ideologia, mas teologia. Cuidado, pois há um projeto para destruir o cristianismo, políticos descobriram na igreja uma mina de votos, ninguém quer compromisso, querem o espaço para fazerem proselitismo, nada mais, nada menos. Apenas reeditam a mistificação e, num golpe de populismo por ignorância, abusam do povo e, para fazer vingar o seu abuso, usam Deus como ideologia. Abusam, portanto, de Deus, mas como Deus não deve existir para elas, ou existe apenas como mercadoria, não há problema de consciência e eles seguem praticando o mal. São os amigos, inimigos de Deus!

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 20/10/2021
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