CRISTO OU BARRABÁS
Em plena crise da Igreja Católica, onde o Modernismo entra dentro do comportamento do clero e faz guinar a ideologia cristã para o marxismo, para as ideologias de esquerda, comunismo e socialismo, fico a pensar no que aconteceu há 2000 anos, quando o Cristo ensinava e curava entre nós.
Existia naquele momento um movimento parecido com esses movimentos atuais de revolta, característicos do socialismo/comunismo, liderados por uma personalidade agressiva, perversa, que não se importava em matar para alcançar seus objetivos de libertação do povo judeu do jugo romano. Essa pessoa era Barrabás, e teve oportunidade de se encontrar com o Cristo e convidá-lo para sua luta, pois com os poderes que Ele demonstrava ter como filho de Deus, certamente a vitória seria alcançada. Jesus o dissuadiu de tal intento, pois esta não era sua missão, seu objetivo.
A missão do Cristo, que Ele deixava bem claro aos discípulos, não era a conquista do poder temporal, de ficar sentado em algum trono de qualquer lugar. Ele deixou isso bem claro ao responder a Pilatos, que o Seu Reino não era deste mundo. Mesmo que Pilatos não entendesse o alcance do que Ele dizia, reconheceu que Ele não possuía autoria de nenhum crime que justificasse a sua morte, conforme as autoridades do templo pediam.
Pilatos não era um crente no Deus único que Jesus anunciava como Pai, mas como governador da província procurava aplicar a justiça. Querendo livrar Jesus da morte, ordenou o açoite de Jesus, imaginando que isso seria suficiente para aplacar a ira dos sacerdotes quanto aquele homem que não tinha medo de apontar suas iniquidades. Mas não foi suficiente. Os sacerdotes continuavam exigindo a morte de Jesus e ameaçando Pilatos de ser acusado frente ao imperador romano de defender alguém que queria ser o rei dos judeus.
A última ação de Pilatos tentando salvar Jesus, foi apresentar Ele e Barrabás à multidão para que fosse decidido pelo voto popular quem seria liberto de imediato, conforme o costume naquela época do ano. Pilatos imaginava que sendo Jesus uma pessoa pacífica, que só falava do amor e do perdão, inclusive para os inimigos, que proporcionou tantas curas a tantos, inclusive com libertação de demônios e até ressurreições, teria os votos suficientes naquela assembleia.
Pilatos não imaginava que acontecia também ali naquela arena um dos combates da Guerra Espiritual que vinha se desenvolvendo desde a queda de Lúcifer do Paraíso. Os sacerdotes longe das virtudes de Deus e próximo das estratégias do Demônio, conseguiu induzir as pessoas de mente frágil e subalternas a importância de votarem em Barrabás, pois teriam com isso vantagem material. Foi o que aconteceu. As vozes dessas pessoas que não sabiam o mal que estavam fazendo, para qual senhor estavam servindo aos gritarem: “solte Barrabás, crucifique o Cristo!”, cobriram o som das tímidas vozes que clamavam por Jesus.
Essa batalha acontecida há 2000 anos na frente de Pilatos, continua acontecendo até hoje. O grupo de pessoas que se associam ao pensamento de Barrabás, de libertar as pessoas da escravidão do império romano, hoje são agrupadas em ideologias comunistas/socialistas usando das mesmas armas. Aquela aparente derrota que o Cristo sofreu frente a Pilatos, logo se verificou que foi a Sua grande vitória. A partir daquele momento Ele pode provar Sua vitória frente a morte, voltando a se relacionar com os discípulos três dias após ter entrado seu corpo inerte na tumba mortuária. A partir daí foi criada a Sua Igreja que se tornou católica e passou a cobrir toda a humanidade.
Mas o Demônio não se deu por derrotado. Reconheceu que a Igreja Católica estava avançando, mas que era conduzida por homens que possuíam a animalidade própria da Natureza, que seus instintos podiam muito bem ser associados as estratégias infernais. Assim foram construídas as ideologias de esquerda, usando como motivo a libertação do homem de sua escravidão ao capital. Na própria Igreja Católica isso foi bem observado em todos os momentos da humanidade, principalmente com o comportamento eclesiástico dos inquisidores. Mas sempre existia uma barreira que evitava o domínio completo do Demônio. Era a figura do Papa, o sucessor de Pedro, o representante direto do Cristo, a quem foi dado o poder de ligar as ações materiais com as divinais.
Apesar de toda essa compreensão dos ensinamentos do Cristo que deveriam ser a base da fé nos espaços doutrinários da Igreja, Satanás, como uma espécie de fumaça, foi se entranhando dentro da organização do clero, colocando o pensamento de Barrabás acima do pensamento do Cristo, principalmente com a Teologia da Libertação em nossos dias. Com a eleição do último Papa que passou a se chamar Francisco, parece que o pensamento de Barrabás passou a ser majoritário, e aqueles fieis que percebem a diferença, que querem permanecer nos cultos da fé cristã, são cada vez mais desautorizados, aposentados, perseguidos e denegridos.
Isso tudo acontece no propósito de mais uma profecia ser cumprida, do reinado do Anticristo. Mas, nós, fiéis, devemos permanecer firmes dentro do pensamento do Cristo, de criar o Reino de Deus a partir dos nossos corações, mesmo sofrendo as perseguições e mutilações físicas e morais, pois no final os mansos herdarão a Terra.