Homilia do XIX Dom do tempo comum (Jo 6,41-51)(08/08/21)
 
Caríssimos, todos nós que aqui vivemos, seguimos do tempo para a eternidade; uns à passos lentos, outros à passos largos, mas nenhum de nós seguimos sem o alimento que nos fortace e nos revigora para não perdermos o ânimo, o entusiasmo, a alegria de seguir a Cristo passando por entre as tribulações deste mundo, como o Profeta Elias que seguiu até o monte Horeb, para que alí se cumprisse a vontade de Deus, por ele profetizada.
 
Com efeito, naturalmente nos acostumamos com o nosso modo de ser neste percurso que fazemos. Todavia, na segunda leitura são Paulo nos lembra que para seguirmos bem precisamos eliminar do nosso viver algumas atitudes que nos impedem de entrar no Reino de Deus: "Toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como também toda espécie de maldade."
 
E completa com o inverso disso: "Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor." Em suma, é isso o que significa fazer a vontade de Deus, pois, recebemos Dele todas essas virtudes para pô-las em prática no relacionamento uns com os outros.
 
No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina a vivermos em permanente comunhão com Ele por meio da Santa Eucaristia, Pão da vida eterna, alimento Santo que revigora as nossas almas, e faz de nós Seus sacrários vivos, Sua morada permanente neste mundo de onde Ele nos conduz para o céu. De fato, precisamos comunga-lo em estado de graça, para não profanarmos Seu Corpo e Sangue, Sua Alma e Divindade que recebemos no Santíssimo Sacramento.
 
Portanto, caríssimos, humildemente supliquemos ao Senhor Jesus que em seu infinito amor e misericórdia, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza a vida eterna: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva." 
 
Destarte, felizes são aqueles que em estado de graça recebem o Senhor Jesus em suas almas, presente realmente na Santa Eucaristia, e que se deixam conduzir por Ele. De fato, receberão a vida plena na ressurreição, isto é, no dia de nossa páscoa definitiva.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando Maria OFMConv.