A parábola da mãe ausente - (Lc 15.11-32)
Nela se destacam as figuras do Pai, representando o Deus Eterno, o Pai amoroso, longânimo e alegre!
Vemos também a figura do Pródigo, que partiu revoltado e voltou convertido, quebrantado!
Temos ainda a a figura do Irmão mais velho, triste, decepcionado e que esboçou ciúme do mano menor, em vez de demonstrar alegria, e que representa os CO-IRMÃOS, OS NÃO SALVOS (irmãos apenas genealogicamente, irmãos apenas por parte de Adão), não espiritualmente renascidos.
Há também, no texto lucano, o NOVILHO CEVADO, gordo, bem alimentado, sendo que sua presença é o ponto alto da festa, representando Jesus, o Cordeiro de Deus que foi morto antes da fundação do mundo. O NOVILHO CEVADO era a peça indispensável do Banquete familiar!
Jesus deve ser in gerido pela fé em nossos corações!
No linguajar de João 6, “comer Jesus”, “vir a Jesus” é crer nEle, e, assim recebemos a VIDA ETERNA.
Mas, a parábola não menciona a mãe do pródigo nenhuma vez!
Pode até estar implícita nos preparativos materiais e de etiquetas da festa, mas ela só representa, a mãe do Pródigo, nada mais!
A parábola que cuida da salvação, do amor do Pai, do filho andarilho, mas depois volta, nada diz sobre Maria – mãe do Filho Salvador – que se tornou o Cordeiro de Deus! (Esta ausência, pela presciência de Deus, podemos entende-la como sendo preventiva, para se evitar a mariolatria, mas não teve jeito, infelizmente!)
Na redenção da humanidade, basta o Cordeiro de Deus! Isaías já dizia “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador”. (Is 43.11). Muito menos Co-Salvador e Co-Redentora!
Simão Pedro, no mesmo sentido disse: “E nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4.12).
Estes DOIS TEXTOS de Isaías e Atos são excludentes: eles excluem quaisquer nomes para a salvação da humanidade, de cada um de nós, humanos! (Leiam ainda 1ª Timóteo 2.5 – Mediador entre Deus e os homens, para a salvação – só Jesus! Verifiquem que o texto diz único mediador para a salvação e não intercessão, no sentido de oração, conforme consta de 1ª Tm 2.1). Ou seja, intercessores, no sentido de orar uns pelos outros, todos nós podemos ser!
Tal como MARIA, na festa de casamento, em Caná da Galiléia, que cuidava das coisas materiais, dos convidados, do suprir as vasilhas de vinho e de quitutes, enfim, a etiqueta do dia, assim, deve ter-se incumbido, a mãe do Pródigo – mas, no máximo, implicitamente, pois seu nome ou função foi sequer lembrado uma única vez!
Dirá alguém: “Ah! Era o preconceito judeu na desvalorização da mulher!”
Pois bem, um descaso bem pertinente, pois qualquer analogia, para se incluir Maria no processo de salvação, fica totalmente descartado, em face do já exposto: não se menciona a mãe de ninguém, na parábola do Filho Pródigo, por isso a denomino, secundariamente de “A parábola da mãe ausente”.
Jerônimo Monteiro/ES, 21 – 05 – 2021
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