A liberdade advinda do fruto do Espírito. (Parte 2; O fruto do espírito).
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gal 5:18). Aqui nesta passagem que se estende até o versículo vinte e três do presente capítulo. Vemos o apóstolo Paulo contrastar as obras da carne, ou seja, a nossa natureza animal, com a beleza divina e a unicidade do fruto do Espírito.
No estudo anterior tratamos das obras da carne, aqui trataremos do fruto do Espírito.
Aqui Paulo mostra o contraste do Fruto do Espírito que todo Cristão deve orar e pedir para que nasça dentro de si: Entretanto, o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas virtudes não há Lei.(Gál 5:22-23). Aqui vemos o contraste com o precedente: fruto em lugar de obras; o Espírito em lugar de carne; e uma lista de virtudes grandemente atraentes e desejáveis em lugar das coisas feias que foram citadas anteriormente. A palavra fruto, no singular, como se apresenta na carta de Paulo, tende a enfatizar a unidade e coerência da vida no Espírito, oposta à desorganização e instabilidade da vida sob os ditames da carne.
À luz da preferência de Paulo pela forma singular de fruto, não se toma necessário recorrer ao expediente de colocar um travessão depois da palavra amor, para indicar que todos os outros itens dependem deste. O amor é decisivo. O amor vontade (ágape) que leva a amar o inimigo, e a respeitar a necessidade do próximo por mais tola que pareça.
O gozo (chara), é o que Cristo concede aos seus seguidores através do Espírito. Paz (Eirene), é um dom de Cristo em nós que transparece em nossas reações ante ao mundo num harmonioso agir para com os outros. Longanimidade ( makrothumia), relaciona-se com a capacidade de não revidar ou se vingar do mal, recebido; literalmente é paciência. Benignidade (chrestotes), é mais bem traduzida para amabilidade; é a benevolência nas atitudes, uma virtude visivelmente de âmbito social. Bondade (agathosune), é uma virtude que incapacita a alma de aborrecer-se com mal, é a capacidade de sempre estar pronto para fazer o bem; é literalmente ser benção na vida e para as vidas de outrem.
Fé (pistis), é a viva confiança no Pai que nos faz sermos benção, sabendo que o resto depende dEle, pois foi isso que Ele disse: de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem (Gên 12:2-3); é a real fidelidade está ligada a lealdade como podemos ver em: Tito 2:10. Mansidão (praotes), baseia-se na humildade e indica uma atitude para com os outros, mantendo-se em auto-observação ante a reatividade do ego, agindo proativamente para o bem-estar do próximo. Domínio próprio (egkrateia) autocontrole, a virtude de alguém que domina seus desejos, sentimentos e paixões.
E ele finda dizendo: Contra estas coisas não há lei (Gal 5:23). A Lei foi dada ao ser humano como balizamento do agir e com o propósito de refrear seus insanos atos animalesco. Mas o agir do fruto do Espírito em nós, nos traz liberdade e não existe restrição. Cabe a cada um de nós decidir se quer morrer escravo de uma natureza animalesca. Ou crescer na leveza da liberdade que o Espírito nos dá. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).