AS CARTAS PASTORAIS
“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios.” 1 Timóteo 4:1
A VERDADEIRA BATALHA ESPIRITUAL, não é Orar pela cidade, dar Sete voltas na Comunidade, não é Mapeamento Espiritual. A verdadeira Batalha Espiritual é ensinar as pessoas a serem crentes e quando elas aprenderem, a comunidade muda, a cidade muda, as pessoas mudam. Ensinar a pessoa a ser crente é ensinar a ser soldado de Cristo.
RESUMO DA CAMPANHA ATÉ AGORA
Cap 1 Pastor Manuel – Falso evangelho. Quase nada teológico, mas foi bom.
Cap 2 Irmã Elizabeth – Oração e fé. E as irmãs se enroscaram com os antigos ensinos ultrapassados se a mulher pode ou não ser pastora. Assunto respondido sábado por outra mulher, a esposa do irmão Raphael. Mulher pode ser pastora? A meu ver pode. – Essa foi a melhor pregação sobre o tema até o momento.
Cap 3 A irmã que pregou, pra mim errou feio. Ela pregou 2 Samuel, não Timóteo. Tendo um tema, obedeça o tema.
Ninguém até agora respondeu: Quem era Timóteo? Qual é a necessidade de a Bíblia ter Cartas pastorais? Qual é o conteúdo das Cartas pastorais? e Qual é o efeito das Cartas pastorais na atualidade?
I - QUEM ERA TIMÓTEO?
A CIDADE DE EFESO - Paulo escreveu as duas cartas pastorais a Timóteo, quando este era pastor da igreja de Efeso, capital da Ásia Menor. Nessa época, Efeso era uma grande metrópole, centro comercial e rota das principais viagens entre o Oriente e o Ocidente. Efeso hospedava o templo da grande deusa Diana, um palácio de mármore com colunas colossais, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. A cidade de Efeso era marcada pela idolatria, e os nichos do templo de Diana aqueciam o comércio da cidade. Caravanas do mundo inteiro passavam por ali, e miniaturas do monumental templo pagão eram levadas como enfeite para todas as partes do mundo.
E QUEM ERA TIMÓTEO?
FAMILIA - Timóteo era natural de Listra, região montanhosa da Licaônia. Filho de pai grego e mãe judia, Timóteo era fruto de um casamento misto. Embora sua mãe e sua avó houvessem tido maior influência em sua formação religiosa, Timóteo não deve ter frequentado a sinagoga, uma vez que não era circuncidado.
CRIAÇÃO - Timóteo foi influenciado fortemente por sua mãe, Eunice, e por sua avó, Loide, que ensinaram a Timóteo as Sagradas Letras desde a infância. Em virtude de seu pai ser grego, quem assumiu a liderança de sua formação espiritual foi sua mãe, auxiliada por sua avó.
MARCAS PESSOAIS - Timóteo tinha três marcas: era jovem, tímido e doente. Essas condições o tornaram um homem sensível e, por vezes, retraído. Encontramos nas epístolas paulinas reiteradas exortações de Paulo encorajando-o, devido à sua tendência ao desânimo.
SEU RELACIONAMENTO COM PAULO - O primeiro contato de Paulo com Timóteo foi quando o apóstolo Paulo e Barnabé estavam realizando a primeira viagem missionária na província da Galácia, por volta do ano 45 d.C. E muito provável que Timóteo tenha sido testemunha do apedrejamento do apóstolo Paulo em Listra (2Tm 3.10,11). Embora sendo ensinado desde a infância, sua experiência de conversão deu-se através do ministério de Paulo, pois este o chamou repetidas vezes de meu filho no Senhor (1.2,18; 2Tm 1.2; lCo 4.17). De filho na fé, Timóteo tornou-se cooperador, companheiro de viagens e amigo do apóstolo.
TRABALHO PASTORAL - Timóteo foi um grande companheiro de Paulo. Cooperou com Paulo em várias de suas cartas (1 e 2Tessalonicenses, 2Coríntios, Filipenses, Colossenses e Filemom). Talvez tenha sido o amigo mais próximo do apóstolo. Timóteo conheceu Paulo na primeira viagem missionária (At 16.1-3) e tornou-se seu companheiro na segunda e terceira viagens. Juntos viajaram da Ásia para a Europa. Juntos visitaram Filipos, Tessalônica e Bereia. Por um tempo se separaram, mas Timóteo se reuniu com Paulo em Atenas, de onde regressou com uma mensagem aos tessalonicenses, para logo depois reencontrar-se com o apóstolo em Corinto. Mais adiante seguiram em direção ao oriente, completando a viagem missionária em Jerusalém e Antioquia. Na terceira viagem missionária, nos anos 54-57, Timóteo acompanhou Paulo, e juntos eles passaram três anos em Efeso. Durante esse período, Timóteo foi enviado a Corinto. Logo depois de seu regresso, visitou a Grécia com Paulo e fez parte do grupo que seguiu com o apóstolo pela última vez a Jerusalém, onde por fim Paulo foi preso. Durante os anos de encarceramento, Timóteo se encontrou com Paulo em Roma; depois da libertação, foi com ele para a Ásia, tendo sido deixado à frente da igreja de Efeso. Não muito tempo depois, recebeu a primeira carta de Paulo, no ano 63. Quando Paulo já estava preso pela segunda vez em Roma, às vésperas de seu martírio, recebeu a segunda carta do apóstolo, ano 67, com um forte apelo para que fosse vê-lo imediatamente em Roma.
TIMOTEO SERVIU AO EVANGELHO - com Paulo, e não a Paulo. Embora a relação entre Paulo e Timóteo fosse de pai e filho, ambos estavam engajados no mesmo projeto. Hoje, muitos líderes se colocam acima de seus colaboradores que querem derrubar o líder e ser líder em seu lugar. É uma relação de guerra declarada.
A MORTE DE TIMÓTEO - No ano de 97, quando havia o imperador romano Nerva, o povo da cidade fez uma grande festa em homenagem à deusa Diana e organizou-se uma procissão. Timóteo discursou, evangelizou, no meio da festa, o que revoltou os seguidores de Diana, que provocou uma ira tal da parte daquele povo, o mataram a pedradas e pauladas.
II - A NECESSIDADE DAS CARTAS PASTORAIS
Paulo tinha alguns propósitos em vista ao escrever essas duas cartas. Charles Erdman explica que o conteúdo básico das epístolas pastorais consiste no direcionamento aos ministros com respeito à organização, à doutrina e à vida da igreja cristã. Na primeira carta a Timóteo, o tema básico é a organização da igreja; na segunda carta, Paulo insiste na pureza da doutrina; já a carta a Tito trata do desenvolvimento de uma vida cristã responsável. O governo da igreja não é um fim em si mesmo; só vale se for garantia de pureza da doutrina; e a doutrina só vale se afetar a vida.
AS CARTAS PASTORAIS E SEUS ENSINOS
As epístolas a Timóteo e Tito são conhecidas como “cartas pastorais”. Essa designação foi dada pela primeira vez por Tomás de Aquino em 1274. Depois, no século XVIII, mais precisamente no ano 1726, o grande erudito Paul Anton, em uma série de palestras, chamou as três cartas de Paulo a Timóteo e Tito de “epístolas pastorais”. William Barclay diz que as cartas pastorais nos dão uma imagem tão vívida da igreja como nenhuma outra carta do Novo Testamento. Nelas I Timóteo — O pastor, sua vida e sua obra podemos ver os problemas de uma igreja que se apresenta com o uma pequena ilha de cristianismo cercada por um mar de paganismo.2 Essas cartas são extremamente úteis aos obreiros contemporâneos, porque os problemas do passado abordados ali são basicamente os mesmos enfrentados hoje. Os tempos mudam, mas o coração humano é o mesmo.Portanto, as soluções oferecidas por Paulo aos problemas antigos lançam luz sobre os problemas atuais. As cartas pastorais distinguem-se das demais epístolas escritas por Pedro, Tiago e João, ao se caracterizarem como missivas gerais dirigidas a todas as igrejas, enquanto as últimas se destinavam a obreiros individuais. Também diferem das demais cartas escritas por Paulo endereçadas às igrejas específicas da Galácia, Macedônia, Acaia, Ásia Menor e Roma. E se distinguem ainda da epístola a Filemom, uma carta eminentemente pessoal, enquanto as epístolas pastorais remetidas a Timóteo e Tito têm o propósito precípuo de orientar esses dois ministros a lidarem corretamente com as diferentes demandas da vida eclesiástica.
RESUMO TEOLÓGICO DE - 1 TIMÓTEO
CAPÍTULO 1: Cuidado com os Falsos Mestres e falsos evangelhos.
CAPÍTULO 2: Oração por todos os homens – Há uma discussão séria, sobre o Universalismo, que quer dizer que Deus vai salvar todos, até aquele que não segue a Deus, ou o que se desviou da igreja. Observe que a frase que vou dizer tem uma progressão: Cristo morreu, na Cruz, por todos, os pecadores, arrependidos. Cristo não morreu pelos não arrependidos.
CAPÍTULO 3: Qualificação dos Ministros – A Bíblia tem palavras para os sacerdotes (Êxodo, Levítico), profecias (Isaías, Jeremias), explicação do evangelho (Romanos, Gálatas), a parte que cabe aos ministros, os obreiros são as cartas pastorais. O que o obreiro deve ler e estudar a fundo e saber a fundo são as cartas pastorais.
CAPÍTULO 4: A Apostasia do Fim – 1 Timóteo, no cap. 4 vira uma carta escatológica e fala sobre o fim dos tempos. Já temos várias apostasias, sair do verdadeiro evangelho e ir para outros que não são verdadeiros. Mas virá ainda no tempo da Tribulação um forte falso evangelho que vai enganar a muitos.
CAPÍTULO 5 E 6: Conselhos Pastorais
RESUMO TEOLÓGICO DE - 2 TIMÓTEO
CAPÍTULO 1: Exemplo de Fidelidade
CAPÍTULO 2: O Obreiro Aprovado Por Deus
CAPÍTULO 3: A Maldade dos Últimos Dias
CAPÍTULO 4: Carreira da Fé e o Bom Combate
RESUMO TEOLÓGICO DE – TITO
TITO CAP. 1 - Ordenação e qualificação dos obreiros (1:1-16);
TITO CAP. 2 - Integridade na igreja. - Paulo orientou a Tito: ensine os velhos, os jovens, os homens, as mulheres, os empresários, os servos, como deve serem crentes (2:1-15);
TITO CAP. 3 - Integridade na sociedade (3:1-15). Se sujeitem aos governantes, não caluniem ninguém, sejam pacíficos, amáveis.
AS CARTAS TEOLÓGICAS NA HISTÓRIA E NA ATUALIDADE
O ministério de Paulo é claramente dividido em duas partes. De um lado temos o Paulo místico, carismático, que buscava poder, profecias, manifestações, Batalha Espiritual, no inicio do seu ministério. Temos dessa época 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Efésios. Mas o Paulo doutrinador iria aparecer com o tempo. A sua primeira carta foi Gálatas, que deu origem a sua maior carta: Romanos. Já foi dito que se lermos e estudarmos apenas o Evangelho de João e a Carta aos Romanos, nós vamos saber exatamente qual era o plano de Deus de salvação para humanidade.
Na época em que as Cartas pastorais foram escritas, não havia uma Ordenação mais elaborada, como o foi na Idade Média, principalmente depois da Reforma Protestante. Muito foi acrescentado ao que Paulo iniciou. Algumas coisas foram melhoradas, aprimoradas, outras foram abolidas por muitos, como o proibir as mulheres de terem um ministério.
Até o ano de 1726, essas cartas não haviam recebido essa denominação, de Cartas Pastorais, quando Paul Anton se referiu a elas com esse título em uma série de mensagens que foram publicadas após o seu falecimento. Muitos argumentaram que nem Timóteo, nem Tito eram pastores no sentido exato como essa função é conhecida atualmente. Eles serviam mais como representantes apostólicos que, imbuídos de autoridade conferida por Paulo, falavam às igrejas a que pertenciam sobre questões e práticas doutrinárias. Apesar dessas contestações, os títulos das cartas se mantiveram porque elas foram escritas para homens que desempenhavam especialmente as funções pastorais e supervisionavam as igrejas de Éfeso e de Creta. Através das gerações, muitos pastores líderes de igrejas encontraram orientações e entendimentos especiais nessas cartas. É certo que todas as cartas apostólicas – sim, toda a Escritura Sagrada (ver 2Tm 3.16-17) – proporcionam ensinamentos aos pastores, no entanto, estas três são únicas ao apresentarem questões com as quais os pastores são confrontados em seu ministério. Por isso, o título de “cartas pastorais” é adequado.
O QUE É EXIGIDO DE UM OBREIRO?
Por exemplo:
1. Ser convertido, regenerado.
2. Ter uma vida digna de um crente.
3. Ter fidelidade à uma igreja.
4. Experiência vinda com o tempo. Não novo-convertido.
5. Saber fazer o seu trabalho.
O QUE É EXIGIDO DE UM PASTOR?
Posso apontar algumas coisas:
1. Conhecer a Bíblia e a Teologia.
2. Ser um pregador bíblico, expositivo. Sério. Que não fique inventando doutrinas fora da Bíblia. Está escrito na Bíblia você prega, não está escrito, você não prega.
3. Ter passado por alguns cargos ministeriais, ou ter tido a experiência como líder dos jovens, ou professor de ED, por exemplo.
4. Ter um tino de administrador. Quem trabalha como chefe, ou líder, secular, na sua empresa, tem mais chances de ser um bom pastor.
5. Saber fazer discípulos.
6. Saber delegar funções.
7. Um pastor não escolhe ser pastor, ele é chamado por Deus para o ser.
8. Ter planejamentos para sua igreja. Os jovens, os velhos, as mulheres, os homens. Você está conduzindo a sua igreja para onde? Qual é a meta dessa igreja?
Amém.